Área de Proteção Ambiental Rota do Sol

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A Área de Proteção Ambiental Rota do Sol (APARS) está inserida na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e apresenta 71% de sua área preservada. Uma das suas principais funções é servir de zona de amortecimento para a Estação Ecológica Estadual Aratinga e de corredor ecológico entre o Parque Nacional da Serra Geral e a Reserva Biológica da Serra Geral.


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Área de Proteção Ambiental Rota do Sol
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Rio Grande do Sul
Município: Cambará do Sul, Itati, Três Forquilhas e São Francisco de Paula.
Categoria: Área de Proteção Ambiental
Bioma: Mata Atlântica
Área: 54.670 hectares
Diploma legal de criação: Decreto estadual n° 37.346, de 11 de abril de 1997.
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) do Rio Grande do Sul.
Contatos: Gestora: Maria Salete Machado de Aguiar Carboneira

Telefones: (54) 3244.3961 / 3244.1710 / 3244.1721

E-mail da APA Rota do Sol: apa-rotadosol@sema.rs.gov.br

E-mail Conselho da UC: aratingarotadosol@sema.rs.gov.br

Localização

A APA Rota do Sol está localizada no estado do Rio Grande do Sul, entre os municípios de Cambará do Sul, Itati, Três Forquilhas e São Francisco de Paula.

A Rodovia Rota do Sol, com extensão total de 773 km, atravessa o Estado do Rio Grande do Sul, no sentido leste-oeste, iniciando no entroncamento com a Estrada do Mar (RS 389) e chegando pela BR 287 até o município de São Borja. Em 2003 foram incluídos os 12,5 km entre Curumim e Terra de Areia, seguindo deste município pela Serra do Mar, no eixo da RS 486, até encontrar a RSC 453 e, através desta última, passando pela Serra Gaúcha, pelo Vale do Taquari e chegando ao Vale do Rio Pardo (Venâncio Aires), onde encontra a RSC 287, seguindo até Santa Maria e dali, pela BR 287 até São Borja.

Como chegar

O acesso a APA Rota do Sol, a partir da capital Porto Alegre, pode ser feito pela RS020 ou pela BR290. Saindo de Porto Alegre pela BR290 pode-se acessar a RS020 por onde se percorre aproximadamente 130 km até Tainhas passando pelas sedes municipais de Taquara e São Francisco de Paula.

Pela BR290 pode-se percorrer aproximadamente 97 km até a BR101 por onde se percorre 50 km até o acesso à RS486. Pela RS486, rodovia não pavimentada, percorre-se cerca de 13 km até a sede municipal de Itati, próxima à área de APA Rota do Sol.

A RS486 (Rota do Sol) cruza a extensão da APA de mesmo nome, ligando a localidade de Tainhas à sede municipal de Itati e Três Forquilhas.

Ingressos

Não há cobrança de ingressos.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

A Área de Proteção Ambiental - APA - Rota do Sol tem por objetivo proteger os recursos hídricos ali existentes, conservar as áreas ocupadas pelos campos com savana gramíneo-lenhosa, permitir a recuperação das áreas com floresta ombrófila mista e floresta ombrófila densa, propiciando a preservação e conservação da fauna silvestre, além de garantir a conservação do conjunto paisagístico e da cultura regional.

Uma das suas principais funções é servir de zona de amortecimento para a Estação Ecológica Estadual Aratinga e de corredor ecológico entre o Parque Nacional da Serra Geral e a Reserva Biológica da Serra Geral.

Histórico

Os primeiros estudos da Rota do Sol foram iniciados em 1972, no governo Euclides Triches. A APA Rota do Sol foi criada em abril de 1997.

Atrações

Aspectos naturais

A APA está localizada em uma região de domínio de Mata Atlântica, com presença de floresta de Araucárias.

A APA Rota do Sol abrange duas bacias de drenagem: a bacia do Rio Taquari - Antas e a bacia do Rio Três Forquilhas, que também abrange a Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa.

A APA abrange altitudes desde 10m até 900m, incluindo a zonação completa da Floresta Ombrófila Densa no Rio Grande do Sul (Florestas de Terras Baixas, Submontana e Montana) até a Mata com Araucária e os Campos de Cima da Serra (Floresta Ombrófila Mista e Savana, respectivamente).

Relevo e clima

Clima

A Área de Proteção Ambiental Rota do Sol enquadra-se em dois tipos climáticos distintos. O primeiro tipo denominado subtropical corresponde às regiões onde as temperaturas médias do mês mais quente (janeiro) são superiores a 22°C e, no mês mais frio (julho), a temperatura oscila entre -3°C a 18°C. A zona subtropical ocorre nas terras baixas do vale do rio Três Forquilhas, próximas ao litoral.

O segundo tipo climático é denominado temperado ou das faias, que tem como característica temperaturas médias inferiores a 22°C, sendo que no inverno (julho) a temperatura fica entre -3°C e 18°C. Esta zona climática ocorre nas terras altas do Planalto das Araucárias.

Fauna e flora

A fauna de répteis da região apresenta uma riqueza média, com cerca de 40 espécies, com grande predomínio de serpentes. Há registros nos acervos de museus de várias espécies de serpentes, como coral (Micrurus frontalis), jararaca (Bothrops jararaca), boipeva (Waglerophis merremii), papa-pinto (Philodryas patagoniensis), jararaca-do-banhado (Mastigodryas bifossatus) e cobra-de-capim (Liophis poecilogyrus), além de dois lagartos (Hemidactylus mabouia e Tupinambis sp), todos coletados na área de estudo.

Além dessas, pode ser confirmada a presença do jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) em alguns banhados e rios da bacia do Tramandaí, o que aumenta a importância desses ambientes do ponto de vista da conservação da biodiversidade.

A avifauna é bastante diversificada, incluindo várias espécies endêmicas das florestas montanas do domínio da Mata Atlântica, como o charão (Amazona pretrei), o grimpeiro (Leptasthenura setaria), o caneleirinho-de-chapéu-preto (Piprites pileatus) e o peito-pinhão (Poospiza thoracica). As florestas com araucária abrigam o maior número de espécies de aves ameaçadas de extinção ao longo do gradiente florestal, apesar de apresentarem uma riqueza menor de espécies em relação às florestas de encosta.

Problemas e ameaças

A maior parte da APA encontra-se ocupada por ambientes antropizados (áreas agrícolas e urbanas) ou em sucessão secundária inicial ou média de regeneração. As áreas de planície, mais aptas à agricultura, encontram-se quase totalmente transformadas, restando apenas pequenos fragmentos isolados, em geral com menos de 10 hectares. A presença de espécies exóticas de flora, como o tojo (Ulex europaeus) um arbusto espinhoso originário da Europa que é extremamente competitivo e desloca as plantas nativas, geralmente criando barreiras que impedem a circulação da fauna e aumentando o risco de incêndios devido ao elevado teor em óleo. As queimadas também são uma ameaça e problema recorrente na APA.

Fontes

http://www.sema.rs.gov.br/area-de-protecao-ambiental-rota-do-sol