Parque Estadual Veredas do Peruaçu

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Parque Estadual Veredas do Peruaçu
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Minas Gerais
Município: Januária
Categoria: Parque
Bioma: Cerrado
Área: 31.221 hectares.
Diploma legal de criação: Decreto nº 36.070, de 27 de setembro de 1994
Coordenação regional / Vinculação: Sede Administrativa:

IEF - Regional Alto Médio São Francisco

Contatos: Endereço: rua 13 de Maio, 970, Vila Fátima - Januária /MG

Telefone: (38) 3621-2611 e-mail: eramsfsup@ief.mg.gov.br

Localização

O Parque Estadual Veredas do Peruaçu (PEVP) está localizado entre as coordenadas geográficas: latitude 15º e 16º S e longitude 45º e 46º O.

Como chegar

Partindo de Belo Horizonte, sentido Montes Claros/Januária na BR 135 e em Januária a MG 135 sentido Cônego Marinho. O Parque está distante de Cônego Marinho 60 quilômetros, estrada não pavimentada, mas de boa conservação. Para chegar ao Parque é necessário que entre em contato com a Sede Administrativa em Januária. Distância de Belo Horizonte: 591,5 km

Ingressos

O Parque Estadual Veredas do Peruaçu não está aberto para visitas, por ser de Proteção Integral e liberado por enquanto somente para pesquisas e Universidades. A UC ainda não possui Plano de Manejo.

Onde ficar

Não há a presença de hotéis/pousadas na região (Parque e seu entorno).

Objetivos específicos da unidade

Proteção da flora e fauna local de extrema relevância ecológica.

Histórico

O Parque Estadual Veredas do Peruaçu foi criado em 27 de setembro de 1994, através do Decreto nº 36.070 e sua área correspondia a 30.702 hectares. Posteriormente, ocorreu uma retificação neste Decreto, aumentando a área para 31.221 hectares e está localizado no Município de Cônego Marinho, Minas Gerais.

O nome Peruaçu é de origem tupi, significando nessa língua brasileira, ema grande. Peru significa ema, açu, grande. Então, Rio da Ema Grande em português.

Atrações

Além das belezas naturais do parque,os maiores atrativos da Unidade são as lagoas, fauna , flora e exuberantes veredas(40 km de veredas).

Aspectos naturais

A área do Parque Estadual Veredas do Peruaçu (PEVP) abriga um complexo de veredas e lagoas, formando um ambiente de textura argilosa. Destaca-se a vereda do Peruaçu, que dá origem ao nome da unidade de conservação (significa 'gruta grande'), com seus 37 quilômetros de comprimento decorados por palmeiras e burtis de até 20 metros de altura. Outras das veredas de menor extensão também são encontradas no Parque como a Comprida, dos Lopes, da Lagoa Azul, da Passagem, da Cruz entre outras.

A unidade de conservação abriga ainda seis lagoas: Jatobá, dos Patos, do Meio, Junco, Carrasco e do Jacaré. A vegetação do Parque é a Caatinga, o Cerrado e as florestas, geralmente matas ciliares responsáveis pela conservação do curso das águas do Rio Peruaçu. As principais espécies presentes na mata são a aroeira do sertão, a braúna, o pau-preto e uma variedade e quantidade de plantas medicinais.

Relevo e clima

A região que abriga o Parque Estadual Veredas do Peruaçu está sob três domínios geomorfológicos , que podem ser classificados como:

Residual – relevos tabulares instalados sobre arenitos da formação Urucuia, rochas que tiveram origem no período do Cretáceo, sob clima desértico, sendo remanescentes nas chapadas e morros ao sul do parque (altitudes variando entre 850m a 900m);

Erosional – relevos aplainados a suavemente ondulados, com ocorrências dominantes na maior parte do parque e de sua área de ampliação, entre as superfícies aplainadas e onduladas estão os vales amplos e assentados sob a formação Urucuia e Três Marias (cotas variando entre 700m a 850m);

Deposicional – planícies aluvionares formadas por entulhamento dos eixos dos vales principais, como os dos rios Pandeiros, Peruaçu e Cochá (estas planícies estão situadas entre as cotas de 650m a 700m).

O clima da região que abriga o Parque Estadual Veredas do Peruaçu e da área destinada à sua ampliação é o característico do Cerrado do Centro-Oeste, o tropical, quente, sub-úmido. A temperatura média anual varia entre 22ºc a 24ºc, a do mês mais frio entre 18,5ºc e 20ºc e, a do mês mais quente entre 23,5ºc a 26ºc, podendo no verão a temperatura máxima absoluta atingir os 37ºc e, no inverno, aproximar-se dos 2ºc. O regime de chuvas é o tropical, ocorrendo no verão.

Fauna e flora

A fauna é rica e diversificada, com destaque para a ocorrência de lobos-guará, cotias, jaguatirica, ariranhas, antas, mico-estrela, veados-campeiros e sussuaparas. Também são encontradas onças pardas, tamanduás-bandeira, caititus, tatus, pacas, jacarés, jararacas, cascavéis e sucuris, dentre outros.

Há mais de 250 pássaros catalogados no interior do parque, entre eles esta a ‘maritaca', o ‘quem-quem' e aves endêmicas do entorno, como o ‘sebinho de fronte vermelha', a ‘maria-preta' e o ‘arapaçu do rio São Francisco'.

Em relação à flora, o campo limpo é o domínio dos planaltos , cobertos por vegetação rasteira, sem árvore de porte, aparecendo raramente arboretas espaçadas entre si. Espécies como o pequizeiro (Cariocar brasiliensis), o pau doce (Vochysia tucanorum), o angelim (Andira sp.), o pau terra de folha larga (Qualea grandiflora) e o pau terrinha (Qualea parviflora) atingem altas densidades nas áreas de cerrado.

No PEVP, a formação é única em veredas por estar situado na nascente do Rio Peruaçu com formação de vegetação toda em cerrado, cerradão, veredas, caatinga e parte de campina.

Problemas e ameaças

Os principais problemas existentes no entorno do parque e de sua área de ampliação são: as práticas rudimentares da criação extensiva do gado bovino (à solta), como a limpeza através da queima para a renovação da pastagem e a falta de vacinação, causando transmissão de doenças à fauna local. Outro problema que pode ameaçar seriamente este ambiente, de excelentes qualitativos para a vida silvestre, é a chegada das monoculturas do eucalipto e da soja na região que já acolhe alguns plantios de significativos impactos ambientais.

Praticamente, todas as famílias de pecuaristas ou de agricultores usam o fogo para a limpeza e renovação da pastagem ou para as coivaras do plantio, fato que leva a uma perda gradativa da biodiversidade regional.

Fontes

http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/217?task=view

http://www.ief.mg.gov.br/noticias/3306-nova-categoria/1763-parque-estadual-veredas-do-peruacu-

http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/consultapublica/peveredasdoperuacu/nota_tecnica_peruacu.pdf

http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs/consulta-por-uc