Mudanças entre as edições de "Estação Ecológica de Fechos (EEF)"

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|Tickets=É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. A pesquisa científica depende de autorização prévia do IEF.
 
|Tickets=É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. A pesquisa científica depende de autorização prévia do IEF.
 
|Objectives=a proteção do manancial d'água na bacia do ribeirão dos Fechos e dos ambientes naturais existentes.
 
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|Natural aspects=Nas regiões elevadas existe um mirante com vista para o sul, onde é frequente a observação de um número elevado de pessoas no local. No campo ferruginoso desta área foram avistadas espécies endêmicas e ameaçadas como o cacto Arthrocereus glaziovii, a gloxínia Sinningia rupicola e uma numerosa população da gramínea Aulonemia effusa. A espécie de perereca, Phasmayla jandai, endêmica da Serra do Espinhaço e ameaçada de extinção, está presente em uma das barragens do manancial de água da COPASA. Neste local, um monitoramento da história de vida desta espécie de anfíbio foi conduzido com o patrocínio da MBR (Leite, 2005).
 
|Geography and climate=A cabeceira do córrego Fechos encontra-se em meio à vegetação florestal e campo ferruginoso, nas altitudes mais elevadas da região. Segundo Leite (2003) a vegetação marginal de córregos é composta, principalmente, por espécies ameaçadas de samambaias, Cyatea sp. e Diksonia sp..
 
|Geography and climate=A cabeceira do córrego Fechos encontra-se em meio à vegetação florestal e campo ferruginoso, nas altitudes mais elevadas da região. Segundo Leite (2003) a vegetação marginal de córregos é composta, principalmente, por espécies ameaçadas de samambaias, Cyatea sp. e Diksonia sp..

Edição das 18h22min de 22 de maio de 2016



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Estação Ecológica de Fechos (EEF)
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Minas Gerais
Município: Nova Lima (MG)
Categoria: Estação Ecológica
Bioma: Mata Atlântica
Área: 554,67 ha Área do polígono (km²): 5,4929
Diploma legal de criação: Decreto nº 36073, de 27/09/1994
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais
Contatos: Contato: Guilherme Philipe de Matos Cerqueira Gomes

Gestor da Unidade Guilherme Philipe de Matos Cerqueira Gomes Endereço da Unidade Av. Montreal, s/n CEP 34500000 Bairro Jardim Canadá UF MG Cidade Nova Lima Site da UC www.parquesdeminas.mg.gov.br Telefone da UC (31) 35813523 E-mail da UC edmar.monteiro@meioambiente.mg.gov.br

Localização

O Sítio Estação Ecológica de Fechos (EEF) está localizado no Município de Nova Lima, na encosta nordeste da Serra da Moeda, porção sul da Cadeia do Espinhaço.

Cidades vizinhas: Ouro Preto, Santa Bárbara, Mariana Coordenadas: 20°4'26"S 43°58'6"W

Como chegar

Ingressos

É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. A pesquisa científica depende de autorização prévia do IEF.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

a proteção do manancial d'água na bacia do ribeirão dos Fechos e dos ambientes naturais existentes.

Histórico

A Estação Ecológica de Fechos (EEF) foi criada pelo Decreto Estadual 36.073 de 27 de setembro de 1994 (MINAS GERAIS, 1994), compreende uma área de 554 hectares e está localizada no município de Nova Lima. A gestão é feita conjuntamente pela COPASA e pelo Instituto Estadual de Florestas. A vegetação predominante é floresta estacional semidecidual. A EEF abriga várias nascentes formadoras do córrego Tamanduá, assim como o córrego dos Fechos, que alimentam o ribeirão Macacos, que, por sua vez, contribui para o rio das Velhas, um dos grandes formadores da Bacia do Rio São Francisco, que depende da conservação das microbacias que compõem sua rede hidrográfica para sua revitalização. As águas dos mananciais são classificadas como de Classe Especial pelo IGAM - Instituto Mineiro de Preservação das Águas. A administração de Fechos é feita de forma conjunta com o Parque do Rola Moça. Porém, as unidades constituem realidades claramente distintas, uma vez que 47 estão localizadas em lados opostos da BR-040, com presença de um bairro de grande porte (Jardim Canadá) entre elas, além do fato de que o entorno da EEF tem presença dominante de ocupação urbana e da mineração. Diante deste contexto, é possível antever algumas especificidades da gestão da EEF. Conforme o Plano de Manejo, entre os critérios adotados para o estabelecimento da Zona de Amortecimento consta a inclusão de áreas de mineração e áreas com ocupação urbana e ainda áreas em potencial para expansão da atividade minerária e/ou ocupação urbana. Levando-se em consideração os aspectos restritivos de uso que envolvem a categoria de Estação Ecológica, de acordo com o artigo nono da Lei SNUC, a inclusão de áreas de mineração e ocupação urbana nas zonas de amortecimento constitui uma situação conflitante, na medida em que pode proporcionar impactos para os ecossistemas presentes na EEF, unidade de proteção integral.

Atrações

Aspectos naturais

Nas regiões elevadas existe um mirante com vista para o sul, onde é frequente a observação de um número elevado de pessoas no local. No campo ferruginoso desta área foram avistadas espécies endêmicas e ameaçadas como o cacto Arthrocereus glaziovii, a gloxínia Sinningia rupicola e uma numerosa população da gramínea Aulonemia effusa. A espécie de perereca, Phasmayla jandai, endêmica da Serra do Espinhaço e ameaçada de extinção, está presente em uma das barragens do manancial de água da COPASA. Neste local, um monitoramento da história de vida desta espécie de anfíbio foi conduzido com o patrocínio da MBR (Leite, 2005).

Relevo e clima

A cabeceira do córrego Fechos encontra-se em meio à vegetação florestal e campo ferruginoso, nas altitudes mais elevadas da região. Segundo Leite (2003) a vegetação marginal de córregos é composta, principalmente, por espécies ameaçadas de samambaias, Cyatea sp. e Diksonia sp..

Barragem auxiliar da Estação Ecológica de Fechos (EEF) margeada por Diksonia sp., espécie da flora ameaçada de extinção

Fauna e flora

No sítio EEF existe um viveiro de pássaros desativado, anteriormente utilizado para reprodução e reintrodução do macuco (Tinamus solitarius), uma espécie de ave ameaçada de extinção, devido à caça predatória e perda de hábitats naturais. O mesmo sítio caracteriza-se pela presença do habitat de um micro-crustáceo endêmico em local onde, há poucos anos, praticantes de motociclismo construíram uma pista de cross, que é eventualmente utilizada nos dias atuais. O sítio apresenta enorme potencial para a condução de pesquisas científicas e conta, inclusive, com uma casa que, segundo o gerente do PESRM, poderia ser utilizada para abrigar pesquisadores.

Problemas e ameaças

A Estação Ecológica de Fechos apresenta sérios conflitos causados por atividades antrópicas como trânsito de veículos off-road, a extração predatória de plantas e manejo inadequado da vegetação.

A Estação Ecológica de Fechos apresenta sérios conflitos causados por atividades antrópicas como trânsito de veículos off-road, a extração predatória de plantas e manejo inadequado da vegetação ripária por funcionários da COPASA (Leite, 2003). Na área que se caracteriza pela ocupação desordenada do solo às margens da BR-040, há a presença de bota-fora de lixo e de material de construção, fatores que aumentam o risco de propagação de incêndios. Outro risco, é a invasão biológica da EEF por cães advindos do Bairro Jardim Canadá. O trânsito irrestrito de pessoas evidencia-se por uma cerca danificada ao lado do portão de entrada da EEF, próximo à BR-040, e que, apesar de permanentemente trancado, permite sua remoção e a entrada de veículos.

Fontes

http://wikimapia.org/17763999/pt/Esta%C3%A7%C3%A3o-Ecol%C3%B3gica-dos-Fechos http://www.valedosol.org/estacao-ecologica-fechos/estacao-ecologica-de-fechos/itemid-25 http://www.biodiversitas.org.br/planosdemanejo/pesrm/uc34k1k.htm

O Sítio Estação Ecológica de Fechos (EEF) está localizado na encosta nordeste da Serra da Moeda, porção sul da Cadeia do Espinhaço. Sua posição geográfica é particular em relação aos outros sítios, por estar desvinculado do território contínuo do PESRM. Este fragmento de 554,67ha faz limite em sua parte sul, com os condomínios: Vale do Sol, Passárgada e Morro do Chapéu. Em seu limite oeste está à rodovia BR-040, cuja via marginal abriga empreendimentos comerciais, principalmente depósitos de material de construção, venda de material de demolição e um espaço de eventos. Na parte noroeste, encontra-se a região de São Sebastião das Águas Claras e uma área que, recentemente, obteve licença para implantação de um loteamento, aumentando o risco de ocupação das matas ainda preservadas nesta região. Há a existência de cavas originadas pela Mineração Rio Verde e MBR próximas a este sítio.

A cabeceira do córrego Fechos encontra-se em meio à vegetação florestal e campo ferruginoso, nas altitudes mais elevadas da região. Segundo Leite (2003) a vegetação marginal de córregos é composta, principalmente, por espécies ameaçadas de samambaias, Cyatea sp. e Diksonia sp..

Barragem auxiliar da Estação Ecológica de Fechos (EEF) margeada por Diksonia sp., espécie da flora ameaçada de extinção Nas regiões elevadas existe um mirante com vista para o sul, onde é frequente a observação de um número elevado de pessoas no local. No campo ferruginoso desta área foram avistadas espécies endêmicas e ameaçadas como o cacto Arthrocereus glaziovii, a gloxínia Sinningia rupicola e uma numerosa população da gramínea Aulonemia effusa. A espécie de perereca, Phasmayla jandai, endêmica da Serra do Espinhaço e ameaçada de extinção, está presente em uma das barragens do manancial de água da COPASA. Neste local, um monitoramento da história de vida desta espécie de anfíbio foi conduzido com o patrocínio da MBR (Leite, 2005).

No sítio EEF existe um viveiro de pássaros desativado, anteriormente utilizado para reprodução e reintrodução do macuco (Tinamus solitarius), uma espécie de ave ameaçada de extinção, devido à caça predatória e perda de hábitats naturais. O mesmo sítio caracteriza-se pela presença do habitat de um micro-crustáceo endêmico em local onde, há poucos anos, praticantes de motociclismo construíram uma pista de cross, que é eventualmente utilizada nos dias atuais. O sítio apresenta enorme potencial para a condução de pesquisas científicas e conta, inclusive, com uma casa que, segundo o gerente do PESRM, poderia ser utilizada para abrigar pesquisadores.

A Estação Ecológica de Fechos apresenta sérios conflitos causados por atividades antrópicas como trânsito de veículos off-road, a extração predatória de plantas e manejo inadequado da vegetação ripária por funcionários da COPASA (Leite, 2003). Na área que se caracteriza pela ocupação desordenada do solo às margens da BR-040, há a presença de bota-fora de lixo e de material de construção, fatores que aumentam o risco de propagação de incêndios. Outro risco, é a invasão biológica da EEF por cães advindos do Bairro Jardim Canadá. O trânsito irrestrito de pessoas evidencia-se por uma cerca danificada ao lado do portão de entrada da EEF, próximo à BR-040, e que, apesar de permanentemente trancado, permite sua remoção e a entrada de veículos.