Mudanças entre as edições de "Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu"

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O sistema hidrográfico do Mosaico drena para a bacia do rio São Francisco e tem como principais rios, o Carinhanha, o Cochá, o Peruaçu, o Pandeiros e o Pardo. O sistema hidrológico da área é abastecido pelo grande aquífero formado pelo arenito Urucuia, com grande capacidade de armazenamento de água.
 
O sistema hidrográfico do Mosaico drena para a bacia do rio São Francisco e tem como principais rios, o Carinhanha, o Cochá, o Peruaçu, o Pandeiros e o Pardo. O sistema hidrológico da área é abastecido pelo grande aquífero formado pelo arenito Urucuia, com grande capacidade de armazenamento de água.
 
 
|Geography and climate=A região do Mosaico localiza-se, em termos fitogeográficos, na Província Central, Sub-província do Planalto Central.
 
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O regime de chuvas é tropical, com duas estações bem marcadas. O período seco inicia-se em maio e se prolonga até setembro/outubro. As chuvas concentram-se no verão: mais de 80% caem de novembro a março. Os registros de pluviosidade na região indicam chuvas da ordem de 1.400mm anuais (dados registrados no município da Chapada Gaúcha), crescendo para oeste e decrescendo no rumo do rio São Francisco, a leste. O declínio da umidade relativa do ar, entre maio e setembro, é um dos aspectos climáticos mais marcantes da área, permanecendo abaixo de 70% e, muitas vezes, abaixo dos 35%
 
O regime de chuvas é tropical, com duas estações bem marcadas. O período seco inicia-se em maio e se prolonga até setembro/outubro. As chuvas concentram-se no verão: mais de 80% caem de novembro a março. Os registros de pluviosidade na região indicam chuvas da ordem de 1.400mm anuais (dados registrados no município da Chapada Gaúcha), crescendo para oeste e decrescendo no rumo do rio São Francisco, a leste. O declínio da umidade relativa do ar, entre maio e setembro, é um dos aspectos climáticos mais marcantes da área, permanecendo abaixo de 70% e, muitas vezes, abaixo dos 35%
|Fauna and flora=Com relação à fauna, na região ocorrem as espécies típicas do cerrado e, por estar em uma área de transição, ocorrem, também espécies típicas da caatinga, além de espécies da mata atlântica e da amazônia. Várias destas espécies são endêmicas, raras ou estão ameaçadas. Dentre as aves destaca-se a arara-canindé (''Ara ararauna''), com grande dependência das veredas para sobreviver. Ocorrem, também, a arara-vermelha (''Ara chloroptera''), o gavião-de-penacho (''Harpyhalyaetus coronatus''), a ema (''Rhea americana''), o mutum (''Crax fasciolata''). Dentre os anfíbios destacam-se o sapo-cururu (''Bufo paracmenis''), a rã (''Leptodactylus mystacinus''), a perereca (''Hyla albopunctata''). Entre os répteis, novamente há influência de espécies da caatinga e a presença do jacaré-coroa (''Paleosuchus palpebrosus''), considerado ameaçado de extinção. É comum a presença da cascavel (''Crotalus durissus''), da jararacuçu (''Bothrops moojeni''), da jibóia (''Boa constrictor''). Ocorre, também, a sucuri (''Eunectes murinus''), várias espécies de calango e o teiú (''Tupinambis merinae''). O carrasco é a fitofisionomia mais rica em répteis na área. Com relação aos mamíferos, há várias espécies na listagem de ameaçadas nacionalmente, com destaque para o tatu-canastra (''Priodontes maximus''), gato-palheiro (''Oncifelis colocolo'') (expansão de distribuição), suçuarana (''Puma concolor'') e o cervo-do-pantanal ou suçuapara (''Blastocerus dichotomus''). A presença de diversos predadores de topo de cadeia indica um ambiente bem estruturado. Para os pequenos mamíferos, os cerrados apresentaram baixa riqueza de espécies, enquanto o carrasco se apresentou como a fitofisionomia mais rica.  
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|Fauna and flora=Com relação à fauna, na região ocorrem as espécies típicas do cerrado e, por estar em uma área de transição, ocorrem, também espécies típicas da caatinga, além de espécies da mata atlântica e da amazônia. Várias destas espécies são endêmicas, raras ou estão ameaçadas. Dentre as aves destaca-se a arara-canindé (''Ara ararauna''), com grande dependência das veredas para sobreviver. Ocorrem, também, a arara-vermelha (''Ara chloroptera''), o gavião-de-penacho (''Harpyhalyaetus coronatus''), a ema (''Rhea americana''), o mutum (''Crax fasciolata''). Dentre os anfíbios destacam-se o sapo-cururu (''Bufo paracmenis''), a rã (''Leptodactylus mystacinus''), a perereca (''Hyla albopunctata''). Entre os répteis, novamente há influência de espécies da caatinga e a presença do jacaré-coroa (''Paleosuchus palpebrosus''), considerado ameaçado de extinção. É comum a presença da cascavel (''Crotalus durissus''), da jararacuçu (''Bothrops moojeni''), da jibóia (''Boa constrictor''). Ocorre, também, a sucuri (''Eunectes murinus''), várias espécies de calango e o teiú (''Tupinambis merinae''). O carrasco é a fitofisionomia mais rica em répteis na área. Com relação aos mamíferos, há várias espécies na listagem de ameaçadas nacionalmente, com destaque para o tatu-canastra (''Priodontes maximus''), gato-palheiro (''Oncifelis colocolo'') (expansão de distribuição), suçuarana (''Puma concolor'') e o cervo-do-pantanal ou suçuapara (''Blastocerus dichotomus''). A presença de diversos predadores de topo de cadeia indica um ambiente bem estruturado. Para os pequenos mamíferos, os cerrados apresentaram baixa riqueza de espécies, enquanto o carrasco se apresentou como a fitofisionomia mais rica.
|Threats and problems=Expansão da fronteira agropecuária com a conversão de áreas de vegetação nativa de cerrado em grandes monocultivos de grãos, café irrigado, capim para produção de semente e bovinocultura, atividades que caracterizam o agronegócio; a exploração do cerrado para a produção de carvão, a maior parte das vezes realizada de forma ilegal; a prática de queima da vegetação nativa para renovação do pasto e limpeza de terreno para roça. Além disso, ainda há na região, em escala reduzida, a prática da caça; tráfico de animais silvestres, principalmente os que envolvem a captura de psitacídeos.  
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|Threats and problems=Expansão da fronteira agropecuária com a conversão de áreas de vegetação nativa de cerrado em grandes monocultivos de grãos, café irrigado, capim para produção de semente e bovinocultura, atividades que caracterizam o agronegócio; a exploração do cerrado para a produção de carvão, a maior parte das vezes realizada de forma ilegal; a prática de queima da vegetação nativa para renovação do pasto e limpeza de terreno para roça. Além disso, ainda há na região, em escala reduzida, a prática da caça; tráfico de animais silvestres, principalmente os que envolvem a captura de psitacídeos.
 
|Sources=[http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/mosaicos/portaria-grande-sertao.pdf Portaria de Reconhecimento do Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu]
 
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Edição atual tal como às 14h20min de 21 de março de 2017




Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu
Esfera Administrativa:
Estado: Minas Gerais
Município:
Categoria: Mosaico
Bioma: Cerrado
Área: 1.301.875,53 hectares
Diploma legal de criação: Portaria de Reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente n°128, de 24 de abril de 2009.
Coordenação regional / Vinculação:
Contatos: Telefone: (38) 3634-1403

Localização

A área do Mosaico Sertão Veredas - Peruaçu está localizada na margem esquerda do São Francisco, nas macrorregiões norte e noroeste de Minas Gerais e pequena parte do sudoeste da Bahia.

A área do Mosaico está dentro da região designada como “Gerais”, área que engloba a margem esquerda do Médio São Francisco, abrangendo o norte/noroeste mineiro, sudoeste da Bahia, indo até o sul do Piauí.

Como chegar

Ingressos

Cada uma das unidades de conservação que formam o Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu tem a sua própria política de visitação e de cobrança (ou não) de ingressos.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Objetivo Geral

Promover o desenvolvimento da região em bases sustentáveis e integrado ao manejo das unidades de conservação e demais áreas protegidas do Mosaico Sertão Veredas – Peruaçu.


Objetivos Específicos

Promover a gestão integrada das unidades de conservação e demais áreas protegidas do Mosaico Sertão Veredas – Peruaçu; Promover a implementação de práticas voltadas para o extrativismo vegetal racional, geradora de renda para os produtores e compatíveis com a proteção das unidades de conservação; Promover o desenvolvimento do turismo ecocultural sustentável na região, de forma a valorizar as tradições culturais e as riquezas naturais.

Histórico

Atrações

Na área do Mosaico Sertão Veredas - Peruaçu existem várias unidades de conservação, tanto do grupo de proteção integral (parques nacionais, parques estaduais, refúgio de vida silvestre), como, também, do grupo de uso sustentável (reservas de desenvolvimento sustentável, áreas de proteção ambiental e reservas particulares do patrimônio natural). Além destas, existem uma área indígena e corredores ecológicos e zonas de amortecimento definidos em planos de manejo já elaborados e várias reservas legais averbadas.

São inúmeros os atrativos e as opções de visitação pública nesta região, o que se traduz em grandes potencialidades para o desenvolvimento do turismo ecocultural.

Confira as unidades de conservação que compõem o Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu:

Parque Nacional Grande Sertão Veredas

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

Área de Proteção Ambiental Peruaçu

Parque Estadual da Serra das Araras

Parque Estadual Veredas do Peruaçu

Parque Estadual da Mata Seca

Refúgio de Vida Silvestre do Pandeiros

Área de Proteção Ambiental do Cocha e Gibão

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Veredas do Acari

Área de Proteção Ambiental Estadual do Pandeiros

RPPN do Porto Cajueiro

RPPN Veredas do Pacari

RPPN da Arara Vermelha

RPPN Fazenda Ressaca

Reserva Indígena dos Xacriabás

Aspectos naturais

A área mais ao leste do Mosaico, no vale do Peruaçu, é de grande relevância espeleológica, arqueológica e paleontológica.

O sistema hidrográfico do Mosaico drena para a bacia do rio São Francisco e tem como principais rios, o Carinhanha, o Cochá, o Peruaçu, o Pandeiros e o Pardo. O sistema hidrológico da área é abastecido pelo grande aquífero formado pelo arenito Urucuia, com grande capacidade de armazenamento de água.

Relevo e clima

A região do Mosaico localiza-se, em termos fitogeográficos, na Província Central, Sub-província do Planalto Central.

O clima regional é característico da Savana do CentroOeste, em condições sub-úmidas. As temperaturas médias anuais são altas, em torno de 23ºC. As máximas absolutas atingem 37 a 40ºC, mesmo no topo das chapadas. As médias das mínimas ficam entre 16ºC e 19ºC, mas as mínimas absolutas chegam próximas a 0ºC.

O regime de chuvas é tropical, com duas estações bem marcadas. O período seco inicia-se em maio e se prolonga até setembro/outubro. As chuvas concentram-se no verão: mais de 80% caem de novembro a março. Os registros de pluviosidade na região indicam chuvas da ordem de 1.400mm anuais (dados registrados no município da Chapada Gaúcha), crescendo para oeste e decrescendo no rumo do rio São Francisco, a leste. O declínio da umidade relativa do ar, entre maio e setembro, é um dos aspectos climáticos mais marcantes da área, permanecendo abaixo de 70% e, muitas vezes, abaixo dos 35%

Fauna e flora

Com relação à fauna, na região ocorrem as espécies típicas do cerrado e, por estar em uma área de transição, ocorrem, também espécies típicas da caatinga, além de espécies da mata atlântica e da amazônia. Várias destas espécies são endêmicas, raras ou estão ameaçadas. Dentre as aves destaca-se a arara-canindé (Ara ararauna), com grande dependência das veredas para sobreviver. Ocorrem, também, a arara-vermelha (Ara chloroptera), o gavião-de-penacho (Harpyhalyaetus coronatus), a ema (Rhea americana), o mutum (Crax fasciolata). Dentre os anfíbios destacam-se o sapo-cururu (Bufo paracmenis), a rã (Leptodactylus mystacinus), a perereca (Hyla albopunctata). Entre os répteis, novamente há influência de espécies da caatinga e a presença do jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus), considerado ameaçado de extinção. É comum a presença da cascavel (Crotalus durissus), da jararacuçu (Bothrops moojeni), da jibóia (Boa constrictor). Ocorre, também, a sucuri (Eunectes murinus), várias espécies de calango e o teiú (Tupinambis merinae). O carrasco é a fitofisionomia mais rica em répteis na área. Com relação aos mamíferos, há várias espécies na listagem de ameaçadas nacionalmente, com destaque para o tatu-canastra (Priodontes maximus), gato-palheiro (Oncifelis colocolo) (expansão de distribuição), suçuarana (Puma concolor) e o cervo-do-pantanal ou suçuapara (Blastocerus dichotomus). A presença de diversos predadores de topo de cadeia indica um ambiente bem estruturado. Para os pequenos mamíferos, os cerrados apresentaram baixa riqueza de espécies, enquanto o carrasco se apresentou como a fitofisionomia mais rica.

Problemas e ameaças

Expansão da fronteira agropecuária com a conversão de áreas de vegetação nativa de cerrado em grandes monocultivos de grãos, café irrigado, capim para produção de semente e bovinocultura, atividades que caracterizam o agronegócio; a exploração do cerrado para a produção de carvão, a maior parte das vezes realizada de forma ilegal; a prática de queima da vegetação nativa para renovação do pasto e limpeza de terreno para roça. Além disso, ainda há na região, em escala reduzida, a prática da caça; tráfico de animais silvestres, principalmente os que envolvem a captura de psitacídeos.

Fontes

Portaria de Reconhecimento do Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu

Mapa do Mosaico

Plano de Desenvolvimento Territorial de Base Conservacionista do Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu

http://www.icmbio.gov.br/portal/mosaicosecorredoresecologicos/moscaicos-reconhecidos-oficialmente/1859-mosaico-de-unidades-de-conservacao-sertao-veredas-peruacu

http://www.icmbio.gov.br/portal/mosaicosecorredoresecologicos/moscaicos-reconhecidos-oficialmente/83-ucs-mosaicos-e-corredores/1880-unidades-de-conservacao-mosaico-do-sertao-veredas-peruacu

http://www.wwf.org.br/?42362