Parque Estadual do Desengano

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Parque Estadual do Desengano
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Rio de Janeiro
Município: Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes.
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 25000
Diploma legal de criação: Criado pelo Decreto-lei Estadual nº 250 de 13 de abril de 1970.
Coordenação regional / Vinculação: Inea - Instituto Estadual do Ambiente / Dibap - Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas
Contatos: Telefones: (22) 2561-3072 / 2561-1378

Horário: domingo a domingo, 8h às 17h, (visitação) e sede (administrativo), de segunda-feira a sexta, 8h às 17h

Localização

Endereço: José Dantas dos Santos, 35 - Itaporanga - Santa Maria Madalena - RJ. Municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos.

Como chegar

Cidade de Santa Maria Madalena – acesso pelas estradas pavimentadas RJ- 146 (vindo de Friburgo) e RJ-182 (passando por Conceição de Macabu) com início na BR-101, no entroncamento para Carapebus. Infraestrutura: hospedagem, alimentação, combustível e serviços.

Ingressos

Visitação de domingo a domingo, de 8 a 17h.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Preservar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica; Possibilitar a realização de pequisas cientificas e proporcionar o desenvolvimento de educação e interpretação ambiental, de recreação e contato com a natureza e de turismo ecológico.

Histórico

A Serra do Desengano, localizada no noroeste fluminense, inspirou a criação do primeiro parque estadual do Rio de Janeiro, em 1970. O seu nome vem justamente do nome de sua maior elevação, a Pedra do Desengano, que possui 1.761 metros de altitude. A região foi alvo da colonização portuguesa, principalmente no início do século XVII, que intensificou o povoamento das regiões norte e serrana a partir dos caminhos abertos por índios, bandeirantes e aventureiros, desenvolvendo-se ao redor das igrejas erguidas. Porém, só durante o século XIX, deu-se o apogeu da produção agrícola, com grandes plantações de milho, feijão, cana-de-açúcar, mandioca e, principalmente, café, cuja produção e importância econômica caracterizavam-se pelo espaço ocupado nas grandes fazendas. As primeiras notícias sobre o município de Santa Maria Madalena estão relacionadas às atividades de José Vicente, um mateiro, que a procura de escravos fugitivos, desbravou suas matas, fixando-se onde hoje se localiza a Igreja Matriz. Depois de certo tempo de moradia José Vicente foi visitado por um padre francês aposentado, de nome José Frouthé, que procurava nativos necessitados de suas mensagens religiosas. José Vicente propôs ao religioso a troca de suas terras por uma espingarda, que o padre aceitou. No terreno trocado com o religioso, desenvolveu-se o município de Santa Maria Madalena. Esta área na realidade foi desbravada por Manoel Teixeira Portugal, que depois deslocou-se para a região de São Fidelis, tendo criado em 1877 a fazenda São José do Bonsucesso, em local tido como com poucas chances de sucesso, e que hoje e por este motivo, dá nome ao Parque do Desengano. Existe uma lenda sobre um contrabandista e salteador que operava nestas paragens, conhecido como Mão de Luva, que fugindo de intensa perseguição policial, embrenhou-se nos sertões da Serra do Imbé, seguindo depois em direção a forquilha. Segundo a lenda, deixou grande tesouro enterrado junto a uma tradicional figueira que tomou seu nome. Sugere-se também que o fato de nunca haver sido encontrado tão fabuloso tesouro seja o motivo do nome Desengano.

Atrações

Cachoeiras da Cascata, do Tombo D’Água, Maracanã, Bonita, da Rifa. Pedra do Desengano (1.761m), Pico Itacolomi (1.710m), Alto da Malhada Branca (1.618m), Pico São Mateus (1.576m), Peito de Moça (1.182m) A Trilha da Pedra do Desengano é ponto culminante do parque, com 1.761 metros de altitude, é uma das mais conhecidas com um percurso de 3,6 quilômetros. Outra opção é a Trilha do Pico Mata Cavalo, com 1.477 metros de altitude, uma caminhada de mais de sete quilômetros entre riachos, rios, florestas e belas formações rochosas.

Aspectos naturais

Este é o último grande remanescente contínuo da Mata Atlântica. O parque estadual abriga paisagens serranas apenas conhecidas para montanhistas experientes. É uma das melhores áreas de observação de aves do estado do Rio, pois está localizada entre o limite norte a sul da mata atlântica.

Relevo e clima

O clima da região é tropical e apresenta temperaturas elevadas com chuva no verão e seca no inverno. A temperatura média anual é da ordem de 20°C, sendo que, nos meses mais frios, as mínimas são inferiores a 18°C. O relevo se caracteriza por cristas de topos aguçados, morros, pontões e escarpas. Parque tem u relevo bastante escarpado e afastado do litoral.

Fauna e flora

O Parque do Desengano fica localizado inteiramente no domínio da Floresta Pluvial Tropical Costeira do Brasil, a mata atlântica. Suas mais de 400 espécies de aves e mais de 170 espécies de mamíferos são em sua maioria oriundas das diversas tipologias de vegetação que compõe este bioma. É possível avistar aves ameaçadas como: jacutinga, macuco, gavião-pomba, gavião-pato, jacu, inhambu, araponga, gavião-pega-macaco e papagaio-chauá. Entre mamíferos se destacam: preguiça-de-coleira, onça-parda, quati, paca, tatu-galinha, cateto, queixada, sauá, macaco-prego furão e mão-pelada, muriqui.

Problemas e ameaças

A região do parque sofreu especialmente nos últimos 20 anos ações de desmatamentos no interior do parque e seu entorno. Ainda que o processo de retirada e corte limpo tenha reduzido em muito nos últimos anos, a ocupação humana em áreas prioritárias para conservação onde existem dezenas de espécies ameaçadas pode ser observada com frequência. Na região da Morumbeca a ocupação de sete famílias na década de 80 deu lugar a sítios para veranistas e pousadas informais dentro da área do parque. No mesmo local foram observadas queimadas, retiradas de madeira e implantação e degradação como barragem de nascentes e desvio de riachos. O corte seletivo na área do parque de espécies vegetais de alto valor para conservação foi observado em todas as áreas visitadas. O corte de palmito (Euterpe edulis) foi observado na Morumbeca, São Julião, Opinião, Agulha, rio do Norte e Mocotó. O palmito é alimento fundamental para a manutenção de mais de 30 espécies de frugívoros. Espécies procuradas por madeireiros na região como o vinhático (Platymenia foliolosa) e a massaranduba (Manilkara sp) figuram na alimentação de papagaios e as bicuíbas (Virola sp) na alimentação de macucos e inhambús. Também o desaparecimento dos ipês florestais (Tabebuia sp) contribuem para decrescer populações de beija-flores sendo este impacto difícil de mesurar. A caça foi observada diretamente ou através de indícios (tapirís, mundéus ou cevas) em todos as áreas visitadas. Nas áreas de baixada próximo aos assentamentos do Imbé e Novo Horizonte foi observada a figura do posseiro contratado para manter uma tapera rústica, comida e cevas a fim de receber caçadores oriundos de Campos e Rio de Janeiro.

Fontes

http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/BIODIVERSIDADEEAREASPROTEGIDAS/UnidadesdeConservacao/INEA_008596#

http://gov-rj.jusbrasil.com.br/politica/8894804/inea-lanca-guia-de-trilhas-do-parque-estadual-do-desengano

http://www.terrabrasil.org.br/eventos/desengano/desengano.htm

http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/BIODIVERSIDADEEAREASPROTEGIDAS/UnidadesdeConservacao/INEA_008596

http://www.wikiaves.com.br/areas:pe_do_desengano:inicio

https://www.facebook.com/ParqueEstadualDoDesengano

http://www.clubedosaventureiros.com/guia-de-trilhas/75-parque-estadual-do-desengano-rj/664-parque-estadual-do-desengano

http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mde5/~edisp/inea0019751.pdf http://infotrilhas.wordpress.com/2011/05/03/631/

Parque Estadual do Desengano (PED)