Parque Nacional do Juruena

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Parque Nacional do Juruena
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Mato Grosso
Município: Apuí (AM), Maués (AM), Cotriguaçu (MT), Nova Bandeirantes (MT), Apiacás (MT)
Categoria: Parque
Bioma: Amazônia
Área: 1.958.203 hectares
Diploma legal de criação: Decreto s/n° 5 de junho de 2006.
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
Contatos: Tel: (66) 3521-7342

Endereço sede: Av. Ludovico da Riva Neto, 2.364
Centro, Alta Floresta, Mato Grosso
CEP: 78.580-000
Email: pn.juruena@icmbio.gov.br

Localização

O Parna do Juruena localiza-se no norte de Mato Grosso e sudeste do Amazonas, entres os municípios de Apuí e Maués (AM) e Apiacás, Cotriguacu e Nova Bandeirantes (MT).

Como chegar

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Ingressos

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Onde ficar

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Objetivos específicos da unidade

O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, como as cachoeiras do rio Juruena (Salto Augusto, São Simão), possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Também são objetivos do Parque Nacional do Juruena proteger a diversidade biológica da região do baixo Juruena – Teles Pires e alto Tapajós, suas paisagens naturais e valores abióticos associados.

Histórico

O parque foi criado em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, e é o quarto maior parque do Brasil – atrás apenas do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (com 3,9 milhões de hectares), do Parque Nacional do Jaú (com 2,3 milhões hectares) e do Parque Nacional do Pico da Neblina (com 2,2 milhões de hectares).

O Parque Nacional Juruena era uma das últimas unidades de conservação faltantes para a implementação do Corredor de Conservação do Sul da Amazônia, um mosaico de Unidades de Conservação que podem conter o processo de degradação da Amazônia.

Os índios Apiaká, Munduruku, Kayabi e Rikbaktsa foram os primeiros habitantes da área que atualmente forma a região da UC. Os primeiros contatos dos índios Apiaká com os não-índios data do início do século XIX. Os Apiaká sempre foram amigáveis com os viajantes que circulavam pelos rios dos Peixes, Arinos, Juruena e Teles Pires, inclusive servindo como guias de navegação. Embora praticassem a pesca, a caça e a coleta, já possuíam uma agricultura desenvolvida.

Os índios Munduruku se expandiram pelas regiões dos Rios Tapajós e Madeira. Suas expedições guerreiras chegaram a alcançar o Xingu e o Tocantins, indo até os limites orientais da floresta Amazônica. Depois de 1851, os Munduruku do Tapajós e Madeira começaram aos poucos a se miscigenar com os não-índios. Os primeiros contatos com os Munduruku datam de 1768. Esses índios eram guerreiros respeitados até pelos portugueses, que lhes pediam ajuda para enfrentar povos inimigos.

Os índios Kayabi, até aproximadamente a década de 1940, ocupavam uma extensa faixa de terra no médio rio Teles Pires. Resistiram à ocupação de suas terras pelas empresas seringalistas, na última década do século XIX. Contudo, aos poucos a área Kayabi foi sendo ocupada e os índios induzidos para o trabalho nos seringais.

Já os Rikbaktsa ocupavam um território que se estendia, ao sul, até a barra do rio Papagaio, ao norte, até o Salto Augusto (Rio Juruena), a oeste, até o Rio dos Peixes, e a leste até o Rio Aripuanã, no estado de Mato Grosso. Suas aldeias se situavam principalmente na margem direita do Rio Juruena, no trecho entre o Rio Papagaio e o Arinos. Esses indígenas ficaram conhecidos no final da década de 1940, quando opuseram resistência armada à frente extrativa de borracha que adentrava seu território.

Atualmente estas populações indígenas vivem, principalmente, na Terra Indígena Munduruku, ao longo do Rio Tapajós, no Estado do Pará, na Terra Indígena Apaiká-Kayabi, nas margens do Rio dos Peixes, em Juara; Terra Indígena Escondido, da etnia Eriktbatsa, em Cotriguaçu.

Mais recentemente, após a década de 1960, deu-se uma ocupação inter-fluvial, dando início ao ciclo de colonização agrícola, dos projetos agropecuários, minerais, minério-metalúrgico e de hidroelétricas.

Atrações

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Aspectos naturais

Sua criação representou uma das maiores ações de ordenamento e preservação do meio ambiente no Brasil. Surgiu para preservar a vegetação local (Cerrado e Floresta Amazônica) do desmatamento.

O Parque preserva ainda 17 espécies de primatas ameaçadas de extinção; além de corredeiras, cachoeiras e rios que drenam o planalto cristalino. O turismo em toda a região, na qual se situa, é muito incipiente. O Parque está aberto apenas para pesquisas.

Relevo e clima

O clima equatorial domina a região amazônica e se caracteriza por temperaturas médias entre 24ºC e 26ºC e amplitude térmica anual de até 3ºC. As chuvas são abundantes e regulares, causadas pela ação da massa equatorial continental. No inverno, a região pode receber frentes frias originárias da massa polar atlântica. Elas são as responsáveis pelo fenômeno da friagem, a queda brusca na temperatura, que pode chegar a 10ºC.

Fauna e flora

A flora pode ser descrita a um mosaico de ambientes florestais que variam de 40 a 500 metros.

Foram registradas 412 espécies de aves. Entre as ameaçadas de extinção estão o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, cachorro-do-mato, jaguatirica, maracajá-mirim, onça-pintada e ariranha.

Problemas e ameaças

Entre as atividades conflitantes, destacam-se a caça, a pesca, a mineração, a extraçao da madeira, grilagem de terra e extração de palmito.

O Parque Nacional do Juruena está localizado na região conhecida como "Arco do Desmatamento". Por sua localização estratégica e, desde 2011, o Parna faz parte do Mosaico da Amazônia Meridional – um conjunto de 40 áreas protegidas que somam 7 milhões de hectares e cujos gestores desenvolvem atividades conjuntas para implementação dessas Unidades e fiscalização e controle e monitoramento da região.

Os garimpos existentes no Juruena são: Garimpo da Clareira (toda a área do município de Nova Bandeirantes): este garimpo aumentou sua atividade nos últimos cinco anos devido a um filão encontrado no Garimpo do Juruena.

Fontes

http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/376/

http://www.parquenacionaldojuruena.com.br/home/

http://www.brasil.gov.br/localizacao/parques-nacionais-e-reservas-ambientais/parque-nacional-do-juruena-2013-mt

http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/amazonia1/nossas_solucoes_na_amazonia/exp/exp_jur/jur/

http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1983-parna-do-juruena.html

Decreto de criação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Dnn/Dnn10846.htm

http://www.brasilturismo.com/parquesnacionais/parque-nacional-do-juruena.php

http://acritica.uol.com.br/amazonia/Manaus-Amazonas-Amazonia-Parque-Nacional-Juruena-ganha-flutuante_0_889711067.html

http://www.parquenacionaldojuruena.com.br/home/

Plano de manejo, 2011: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/Encarte2.pdf