Parque Natural Municipal Serra de São Miguel

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O Parque Natural Municipal Serra de São Miguel é uma unidade de conservação de proteção integral, que contempla 1.226 hectares de área de encosta do bioma Mata Atlântica, com formação vegetal predominante de floresta ombrófila densa do tipo submontana, em diversos estágios de sucessão, sendo que a maioria dos remanescentes florestais são de estágio avançado. Na Serra de São Miguel são observadas espécies que foram alvo de intensa exploração, como a Canela sassafrás e a Orquídea Laelia purpurata, flor símbolo do Estado de Santa Catarina.


Parque Natural Municipal Serra de São Miguel
Esfera Administrativa: Municipal
Estado: Santa Catarina
Município: Biguaçu
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 1.226,31904 hectares
Diploma legal de criação: Lei Municipal Nº 3752, de 20 de julho de 2017.

https://leismunicipais.com.br/a1/sc/b/biguacu/lei-ordinaria/2017/376/3752/lei-ordinaria-n-3752-2017-cria-o-parque-natural-municipal-serra-de-sao-miguel-no-municipio-de-biguacu-estado-de-santa-catarina-e-da-outras-providencias

Coordenação regional / Vinculação: Fundação Municipal do Meio Ambiente de Biguaçu - FAMABI
Contatos: Tel 48 30944127

Localização

O Parque Natural Municipal Serra de São Miguel, localiza-se na porção centro-leste do município de Biguaçu, no maciço rochoso da Serra de São Miguel, nos bairros da Saudade, Prado, São Miguel e Tijuquinhas, no município de Biguaçu/SC

Como chegar

Rod. Gov. Mário Covas, s/n - Balneário São Miguel, Biguaçu - SC

Ingressos

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Preservação e recuperação de remanescente do bioma Mata Atlântica, preservação de ecossistemas naturais de relevância ecológica e beleza cênica, preservação dos recursos hídricos, desenvolvimento de pesquisas científicas, bem como de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

Histórico

Grande parte da área já é protegida desde 1967, onde a Lei Municipal nº05, de 27 de novembro de 1967 declara de utilidade pública as áreas onde estão localizados os mananciais de água, que compreendem as bacias hidrográficas contribuintes das cachoeiras da Saudades, Guaporanga e José Firmino Marçal. Em 1990, a Lei 647/1990 é responsável pelo tombamento da Serra de São Miguel e Serra da Queimada. Depois desses dois marcos legais, em 2012 iniciou-se o processo de criação do Parque, que obteve sucesso em 2017, com a Lei Municipal nº3752, de 20 de julho de 2017, aprovada de forma unânime da Câmara de Vereadores de Biguaçu.

Atrações

Cachoeiras, fauna preservada, patrimônios históricos no entorno, trilhas.

Aspectos naturais

Relevo e clima

Fauna e flora

A formação vegetal predominante no Parque Natural Municipal Serra de São Miguel é de floresta ombrófila densa do tipo submontana, do bioma mata atlântica, em sua maioria de estágio avançado. Na Serra de São Miguel são observadas espécies da flora que foram alvo de intensa exploração, como a Canela sassafrás e a Orquídea Laelia purpurata, flor símbolo do Estado de Santa Catarina. É esperada a observação da bromélia Vriesea biguassuensis, espécie endêmica que foi realizada apenas uma única coleta na região de Antônio Carlos. Estudos relacionados à fauna revelam que até o momento foram levantadas 297 espécies de aves de possível ocorrência no local, sendo que 15 estão incluídas em listas de espécies ameaçadas. Há registro, por exemplo, de saíra-militar (Tangara cyanocephala), tangará (Chiroxiphia caudata), rendeira (Manacus manacus), surucuá-variado (Attila rufus), tucano-do-bico-verde (Ramphastos dicolorus) e tucanuçu (Ramphastos toco). Quanto à herpetofauna, foram levantadas 42 espécies de anfíbios e 66 de répteis com possível ocorrência na região, tendo sido observadas 11 espécies de répteis e 16 de anfíbios. Dentre as espécies registradas, destacam-se a Anfisbaena (Leposternon microcephalum) por seu hábito fossorial e de ser de difícil localização. Destaca-se que no entorno há relatos da ocorrência de lontras e jacarés-do-papo-amarelo. Em relação à mastofauna, até o momento, foram levantadas 36 espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte, com destaque para o graxaim (Cerdocyon thous), gato-do-mato (Leopardus tigrinus). Funcionários da Gestão do Parque já avistaram grupos de macacos-prego (Cebus nigritus), fezes de jaguatirica (Leopardus pardalis), e moradores do entorno relatam a presença de leão-baio (Puma concolor). Quanto à ictiofauna, fontes primárias e secundárias indicam ocorrência de cerca de 75 espécies de peixe para a região da Unidade de Conservação.

Problemas e ameaças

-Existem duas mineradoras na área de amortecimento do Parque, onde suas atividades geram impactos negativos à unidade de conservação. Ainda, a possível expansão de empreendimentos no entorno pode gerar impactos negativos no interior da UC. -O entorno está sujeito a parcelamento de solo (legal e ilegal), gerando pressão nos limites da unidade.

Fontes

Setor de Unidades de Conservação - FAMABI