Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana

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Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Parana
Município: Lapa (PR), Balsa Nova (PR), Porto Amazonas (PR), Palmeira (PR), Campo Largo (PR), Ponta Grossa (PR), Carambeí (PR), Castro (PR), Tibagi (PR), Piraí do Sul (PR), Arapoti (PR), Jaguariaíva (PR), Sengés (PR)
Categoria: Área de Proteção Ambiental
Bioma: Mata Atlântica
Área: 392.363,38 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Nº 1.231, de 27 DE março de 1992
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Ambiental do Paraná - IAP
Contatos:

Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas - DIBAP
Endereço: Rua Engenheiro Rebouças, 1206
CEP: 80215-100
UF: PR
Cidade: Curitiba
Site: http://www.pr.gov.br/iap/index.shtml
Telefone: (41) 213 3700/Fax: (41) 333 6161
E-mail: iap@pr.gov.br

ERPGO - Escritório Regional do IAP de Ponta Grossa Endereço: Rua Comendador Miró, 1420
CEP: 84.010-160 UF: PR
Cidade: Ponta Grossa
Telefone/fax: (42) 225-2757

Localização

A APA da Escarpa Devoniana localiza-se na porção leste do estado do Paraná, a aproximadamente 35 km da capital, Curitiba. Ocupa uma área de 392.363,38 ha (conforme Decreto), distribuídos por treze municípios (sentido sul-norte): Lapa, Balsa Nova, Porto Amazonas, Palmeira, Campo Largo, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Piraí do Sul, Arapoti, Jaguariaíva e Sengés (Ver Mapa 01 - Divisão Política do Paraná).

Como chegar

Devido à sua extensão, diversas estradas, federais e estaduais, cruzam a área enfocada. Os principais acessos, indicados no Mapa 02 - Situação e Localização, são:

• Estradas Federais: BR 277 (segue de Curitiba, no sentido leste-oeste, para Campo Largo, cruzando pela área da APA nos municípios de Balsa Nova e Porto Amazonas, seguindo até Palmeira); BR 376 (segue para Ponta Grossa a partir do município de Balsa Nova no sentido sudeste-noroeste, cruzando a APA em dois pontos, sendo um deles próximo ao rio Guabiroba) e a BR 476, que cruza o município de Lapa, passando por uma pequena extensão da APA.

• Estradas Estaduais: PR 151 (inicia em Ponta Grossa na direção nordeste e cruza a área da APA em três trechos, Carambeí-Castro, Piraí do Sul-Jaguariaíva e JaguariaívaSengés); PR 340 (parte de Castro, e no sentido sudeste-noroeste, segue até Tibagi, cruzando pela APA) e a PR 090, que segue de Piraí do Sul para Ventania, cruzando a área da APA no sentido sudeste-noroeste.

Além das estradas, alguns trechos de linhas férreas cruzam a área, como a que parte de Ponta Grossa, passa por Carambeí em direção a Jaguariaíva e Ventania; ou contornam seu limite oeste, como o trecho que inicia em Ponta Grossa e toma a direção sul, passando pela cidade de Lapa.

Ingressos

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Assegurar a proteção do limite natural entre o Primeiro e o Segundo Planaltos Paranaenses, inclusive faixa de Campos Gerais, que se constituem em ecossistema peculiar que alterna capões da floresta de araucária, matas de galerias e afloramentos rochosos, além de locais de beleza cênica como os canyons e de vestígios arqueológicos e pré-históricos.

Histórico

A Escarpa Devoniana tem este nome porque é sustentada pela Formação Furnas, de idade devoniana. Entretanto, a idade da feição geomorfológica é muito mais nova que a idade da rocha que a sustenta, admitindo-se que a escarpa seja cenozóica (menos de 65 milhões de anos). A denominação "Escarpa Devoniana" já é consagrada, mas seria mais correto utilizar-se "Escarpa do Arenito Devoniano".

Atrações

Todos os 13 municípios da APA fazem parte de um projeto de desenvolvimento turístico integrado denominado Rota dos Tropeiros (ver Figura 19), que se propõe a transformar a região da Escarpa Devoniana em um imenso parque multitemático que terá como atrativos a exuberante natureza, as cidades históricas e os costumes das várias etnias que formam a região. O Roteiro faz referência a um dos mais importantes ciclo econômico da vida brasileira, o Ciclo do Tropeirismo, que criou um imenso corredor cultura, influindo nos usos, costumes e tradições da época, através da incorporação de fatores oriundos do povo português, espanhol, de negros, do povo guarani, tupi, kaigang, araucanos, quíchas, astecas e incas. Originaram-se novos hábitos de alimentação, de vestir, de musicalidade, de religiosidade, práticas de medicina e organização social, com conquistas que mudaram o país.

As informações sobre a ocupação humana no limite entre os Campos Gerais e o Planalto de Curitiba advindas de fontes arqueológicas podem ser encontradas nos relatos de antigos moradores da região, nos achados fortuitos de peças arqueológicas e, principalmente, através de pesquisas realizadas a partir da década de 50 do século XX.

A grande região compreendida entre os Campos Gerais, a Escarpa Devoniana e os arredores oeste da Grande Região Metropolitana de Curitiba encerram achados semelhantes, como por exemplo, lâminas de machado, pilões, almofariz, virote de pedra polida, raspadores, pontas de flecha, lança de pedra lascada e fragmentos cerâmicos, entre outros, localizados nos municípios de Araucária, Campo Largo, Balsa Nova, Campo Magro, Almirante Tamandaré, Tamanduá, Bugre, Itaiacoca, Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Sengés, Jaguariaíva, etc., revelando o grande potencial arqueológico da região.

Aspectos naturais

Relevo e clima

Relevo

O Paraná apresenta compartimentação geomorfológica onde se destacam planaltos escalonados com caimento para oeste-noroeste, separados por escarpas que formam verdadeiros degraus topográficos verticalizados.

Os Campos Gerais ocupam a porção leste do Segundo Planalto Paranaense, no reverso (borda) da Escarpa Devoniana, a qual é caracterizada por um padrão de relevo em cuesta, de origem erosiva. Nesse setor do planalto os topos atingem altitudes máximas em torno de 1.290 metros, junto à escarpa, diminuindo até cerca de 850 metros para oeste e noroeste. As altitudes mais baixas, no vale do rio Tibagi, atingem 700 metros. O relevo nos Campos Gerais é contrastante, nas proximidades da cuesta da Escarpa Devoniana as amplitudes são grandes, com freqüentes encostas abruptas, verticalizadas, com cânions e trechos de rios encaixados (superpostos ou antecedentes), com inúmeras cachoeiras e corredeiras sobre leito rochoso.

Clima

As temperaturas mais baixas ocorrem em julho, quando são esperadas geadas noturnas mais freqüentes. Estas se distribuem normalmente pelos meses de maio até setembro, mas freqüentemente já começam em abril, podendo ser prejudiciais às culturas ainda em outubro. Na região da APA, o município de Jaguariaíva registra, de maio a agosto, o maior número de geadas noturnas.

Fauna e flora

Fauna

O levantamento da fauna da APA realizado para o Plano de Manejo registrou a presença de pelo menos 92 espécies de mamíferos, 337 de aves, 60 de répteis, 51 de anfíbios, e 92 de peixes, o que representa respectivamente a cada grupo 63%, 47%, 39%, 40% e 15% das espécies ocorrentes no Estado. Em relação aos invertebrados apenas os insetos foram levados em consideração neste estudo, apresentando 142 famílias.

Flora

Os Campos Gerais encontram-se entre os ecossistemas mais ameaçados do Brasil, sendo que atualmente, os campos nativos representam menos de 5% do Bioma, confinados na parte oriental da região, junto ao reverso da Escarpa Devoniana.

Os campos nativos vêm sendo submetidos a queimadas periódicas há mais de 300 anos, prática ainda largamente utilizada. Embora as queimadas anuais não alterem o aspecto paisagístico dos campos, efetua-se uma lenta e contínua seleção entre as gramíneas e outras plantas, reduzindo paulatinamente as espécies higrófilas para dar lugar às macias gramíneas xerófitas Este mecanismo de seleção privilegia espécies hemicriptófitas ou geófitas, que possuem seus rebrotos protegidos em touceiras, de palhada morta, ou abaixo do solo. É comum, portanto, a presença de bulbos e xilopódios, às vezes por grandes extensões subterrâneas.

Problemas e ameaças

Fontes

Plano de Manejo