Reserva Biológica do Tapirapé

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Reserva Biológica do Tapirapé
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Para
Município: Marabá e São Félix do Xingu
Categoria: Refúgio de Vida Silvestre
Bioma: Amazônia
Área: 99.271,75 hectares
Diploma legal de criação: Dec nº 97.719 de 05 de maio de 1989
Coordenação regional / Vinculação: CR4 – Belém
Contatos: TELEFONE: (94) 3346-1106 / (94) 3328-190

Localização

Sede administrativa: Rua Guama, 23, Serra dos Carajás, Parauapebas, PA, CEP: 68516-000

Como chegar

Ingressos

Não está aberta à visitação

Onde ficar

A Reserva Biológica do Tapirapé (REBIOTA), localizada no sudeste do estado do Pará, está inserida no Bioma Amazônia.

Objetivos específicos da unidade

Criada com o objetivo de proteger amostras de ecossistemas amazônicos, em especial, a região dos castanhais.

Histórico

A reserva foi criada em 1989, através do Decreto nº 97.719, em uma área pertencente aos municípios de Marabá e São Félix do Xingu. Neste período a Companhia Vale do Rio Doce (Cia Vale) era uma empresa estatal e já estava instalada na região, onde hoje se encontra a Floresta Nacional (FLONA) de Carajás, explorando principalmente o ferro. A empresa tinha interesse na proteção da área ao redor dos projetos de mineração que possuía, pois naquela época era comum a pressão pela ocupação das terras do entorno por garimpeiros e posseiros. Com a criação da REBIO e de outras UCs ao redor, a ameaça de grilagem de terras e mineração ilegal seria reduzida. Além disso, analistas do IBAMA fizeram várias visitas na região e avaliaram que os ecossistemas florestais da região de Carajás apresentavam-se em grande parte bem preservados, contendo inclusive áreas importantes de castanhais, e por isso deveriam ser alvo de proteção a fim de garantir sua conservação no futuro.

Atrações

Aspectos naturais

Por toda a sua extensão norte, a UC é delimitada pelo rio Tapirapé, importante afluente da margem esquerda do rio Itacaiunas

Relevo e clima

Localizada em baixas latitudes e com altitudes médias inferiores a 250 m, a tipologia climática da região da REBIOTA possui condicionantes climáticos relacionados à maritimidade e à continentalidade.

Fauna e flora

Ecossistemas de ambientes sub-montanos de Floresta Ombrófila Aberta e Densa e Floresta Aluvial. A castanheira Bertholletia excelsa pode ser considerada como espécie bandeira para a REBIOTA, pois, além de ameaçada, é importante para o equilíbrio do ecossistema, garantindo fonte de alimento para várias espécies animais. A REBIOTA apresenta-se como um estoque genético dessa espécie e de outras bastante sobre-exploradas na região e na Amazônia, como cipó-titica Heteropsis flexuosa, angelim-pedra Hymenolobium excelsum, cedro Cedrela odorata, mogno Swietenia macrophylla, geniparana Gustavia cf. erythrocarpa, e virola Virola surinamensis. De forma semelhante, a fauna é bastante diversa, com populações significativas de espécies endêmicas, cinegéticas e/ou ameaçadas de extinção, assim como aquelas potencialmente desconhecidas pela ciência. A arara-azul grande Anodorhynchus hyacinthinus, por exemplo, encontra-se ameaçada de extinção de 34 acordo com as listas de animais ameaçados do estado do Pará e do MMA, mas bandos da espécie podem ser registrados em áreas da REBIOTA. A unidade é um importante sítio de alimentação, passagem, e possivelmente reprodução para essa espécie.

Problemas e ameaças

- caça e pesca; - extração de castanha.

Fontes

http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/2000-rebio-do-tapirape

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97719.htm

http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/pm_rebio_tapirape_1.pdf