Mudanças entre as edições de "Reserva Particular do Patrimônio Natural Flor das Águas"

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Edição das 20h44min de 12 de julho de 2019

Reserva Particular do Patrimônio Natural localizada em Pirenópolis, GO, criada pela Portaria 141/98-N - DOU 190 - 05/10/1998, com 43 hectares, pertencente à Fundação Pró-Natureza (Funatura).



Reserva Particular do Patrimônio Natural Flor das Águas
Esfera Administrativa: Particular
Estado: Goias
Município: Pirenópolis
Categoria: Reserva Particular do Patrimônio Natural
Bioma: Cerrado
Área: 43 hectares
Diploma legal de criação:
Coordenação regional / Vinculação:
Contatos:

Localização

A Reserva Particular do Patrimônio Natural Santuário de Vida Silvestre Flor das Águas se localiza no Morro do Frota (Pirenópolis, GO), a 6 km do centro da cidade, cerca de 150 km de Brasília e 120 km de Goiânia.

Como chegar

É possível ir de ônibus a partir de Brasília ou Goiânia. Rodoviária Interestadual de Brasília - SMAS, trecho 4, conjunto 5/6 - Brasília / DF - CEP: 70610-635 – TEL: (61) 3234-2185. Preço médio da passagem R$ 34,00. Rodoviária de Goiânia: Rua 44, N° 399 - Setor Central, Goiânia - GO, 74063-010 - Tel: (62) 3240-0000. Preço médio da passagem R$ 35,00. De carro: Por Brasília: BR-070 / BR-414 / BR-225 Por Goiânia: BR-060 / Anápolis Por Anápolis: BR-414 / GO-338 ou BR-153 / GO-431 Por Goiás: BR-070 / BR-153 / GO-431 Por Catalão: GO-330 / Anápolis

Ingressos

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

A área, que inicialmente era restrita a estudos científicos e a poucos visitantes, agora é totalmente aberta ao público, se destinando ao turismo ecológico e a atividades que estimulem o conhecimento e a proteção do cerrado.

Histórico

A RPPN pertence à Fundação Pró-Natureza (Funatura), foi criada através da Portaria 141/98-N - DOU 190 - 05/10/1998 , possui 43 hectares e é drenada pelo córrego Vagafogo, que deságua no rio das Almas, formador do Tocantins. O riacho nasce ao sul de uma crista de quartzitos brancos e corre em declive pela Serra dos Pirineus. A região foi alvo de atividade de mineração por muito tempo, por esse motivo, encontrava-se degradada quando a RPPN começou a ser implantada. O Plano de Manejo feito para a utilização da RPPN teve a participação de mais de 20 cientistas. No local foram feitos estudos sobre composição florística e faunística. No levantamento das características da RPPN também estão aspectos apurados pelo historiador Paulo Bertran. Seus registros afirmam que a denominação da localidade em que se situa a reserva deriva do seu primeiro dono, “o riquíssimo sargento-mor Antônio Rodrigues Frota”, natural de Lisboa. Deve-se a ele e a seu sogro a construção da Capela de Nossa Senhora do Monte do Carmo, onde foi enterrado, em 1774, próximo à tradicional ponte de madeira sobre o rio das Almas, bem no centro de Pirenópolis. O velho senhor construiu no local um palácio que existiu até 1828 e que na opinião de Bertran foi a maior residência erguida em Goiás no século 18 e uma das maiores do Brasil naquele século, similar à mineira Casa dos Contos de Ouro Preto. Teria Frota adquirido quase todas as lavras de ouro da Serra dos Pireneus, “inclusive aquela que encerra o córrego Vagafogo, em cujo médio vale insere-se a Reserva Natural Flor das Águas”. Os descobridores do ouro e fundadores do arraial de Pirenópolis foram dois portugueses dissidentes de bandeiras do explorador paulista Anhanguera. Ao longo do rio das Almas investigações recentes mostram vestígios da mineração – montanhas de pedras e terras removidas no passado, principalmente no sopé e ravinas do maciço dos Montes Pireneus, onde ao platô se encontram sinais de grandes obras de engenharia para a exploração de minerais. As pedras ainda são tradição, entre elas “a consagrada pedra de Pirenópolis, usada para pisos e revestimentos”, cuja extração, como ressalta Paulo Bertran, “afeta os leitos dos ribeirões, assoreando-os”. A Serra dos Pireneus é um marco inconfundível da geodiversidade brasileira, como atesta o geólogo Tadeu Veiga, diretor técnico da empresa de consultoria Geos e que também assina o Plano de Manejo da RPPN. Ele se refere à variedade expressa por rochas de subsolo, relevo, solos e até águas subterrâneas e superficiais. Dali vertem águas formadoras de duas grandes bacias hidrográficas, Tocantins e Prata. “Essa cumeeira das águas tem representado um espaço para evolução diferenciada de inúmeras espécies vegetais e animais, características de cerrado de altitude”, enfatiza.

Atrações

A área conta com trilhas e águas correntes destinadas ao turismo ecológico. Os caminhos sinuosos para passeios na mata obedecem ao comando da natureza, desviando-se dos troncos de árvores e possuído aceiros. Mesmo os troncos mais finos foram deixados intactos, garantindo a reprodução do cerrado. As tábuas irregulares são restos de árvores mortas e foram acomodadas com maestria ao solo. A obra surpreendeu moradores da vizinhança. Eles ficaram admirados com a qualidade e o rendimento do material que geralmente apodrece em suas propriedades.

Aspectos naturais

A diversidade de fauna e flora, as trilhas e o córrego, são atrativos espetaculares que atraem os turistas para a região. Além disso, a diversidade biológica é um grande atrativo científico.

Relevo e clima

Pirenópolis se encontra aos pés da Serra dos Pireneus, a 770 metros de altitude, a beira do Rio das Almas, bacia do Rio Tocantins. A Serra dos Pireneus tem seu ponto mais alto no Pico dos Pireneus, com 1385 metros de altitude e é divisor de águas da bacia do Prata com a Bacia do Tocantins. Pela proximidade da serra, a maior parte do relevo do município é de morros e encostas. Nas partes mais baixas, temos regiões de matas densas e veredas e nas partes mais altas da serra, o cerrado restrito e campos. Por causa disto, temos em Pirenópolis todos os tipos de fitofissionomias do Cerrado. O clima da região, típico do Cerrado, é do tipo Aw, tropical úmido segundo a classificação de Köeppen(1948), ou seja, é possível verificar duas estações bem definidas, uma seca no outono e no inverno, e outra úmida, com chuvas torrenciais no período da primavera e do verão.

Fauna e flora

No Plano de Manejo feito na RPPN, foram registradas 189 espécies de plantas. Entre elas, uma das mais belas árvores brasileiras, o pau d’óleo, que exibe lindos cachos de flores amarelas, sem folhas, na época de seca. Também sobressaem na paisagem os cajueiros nativos, ipês, muricis, mangabas, pequizeiros e jatobás. No levantamento faunístico, pesquisadores se equiparam com binóculos e gravadores para capturar cantos de aves que vivem na região. Eles passaram um mês estudando o local, coletando informações, inclusive, sobre a dieta da fauna da região. Foram encontradas 58 espécies de aves no chamado cerrado sensu stricto, dominante na reserva, 35 nas matas de galeria e 32 em áreas de brejo. Nesse ambiente ainda vivem lagartos, macaquinhos, marsupiais, tartarugas, morcegos, pequenos felinos, lobos-guará e várias espécies de serpentes.

Problemas e ameaças

Fontes

https://www.guichevirtual.com.br/brasilia-df-v-pirenopolis-go?ida=2019-07-15 https://rodoviariadegoiania.com/ https://rodoviariabrasilia.com/deonibus http://www.funatura.org.br/index.php/noticias/100-rppn-flor-das-aguas