Mudanças entre as edições de "Parque Nacional Restinga de Jurubatiba"
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'''Nome da Unidade:''' Parque Nacional Restinga de Jurubatiba | '''Nome da Unidade:''' Parque Nacional Restinga de Jurubatiba | ||
Edição das 12h35min de 14 de janeiro de 2014
Nome da Unidade: Parque Nacional Restinga de Jurubatiba
Bioma: Marinho Costeiro
Área: 14.922 hectares
Diploma legal de criação: Criado em 29 de abril de 1998.
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
Contatos:
Tel: (22) 2765-6024
Endereço sede: Rodovia Amaral Peixoto, Km 182, nº 5.000, Caixa Postal 119.288 - Macaé - RJ - CEP. 27.910-970
São José do Barreto
CEP: 27.910-130
Email: parnajurubatiba@icmbio.gov.br / parnajurubatiba@gmai.com
Índice
Localização
O Parque Nacional Restinga de Jurubatiba situa-se no norte do estado do Rio de Janeiro próximo aos municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã. Jurubatiba é um dos três parques nacionais no Brasil onde é possível observar a preservação do meio ambiente e a permanência de forma sustentável de uma população de pescadores tradicionais que já vivia da pesa antes mesmo da criação da unidade de conservação. Cerca de 25 famílias de pescadores tiveram a autorização do ICMBio e do Ministério Público para continuar a exercer suas atividades de pesca na lagoa de Carapebus, uma das mais ricas em variedades de peixes na região.
Como chegar
Da cidade do Rio de Janeiro, a Restinga de Jurubatiba pode ser acessada pela rodovia BR-101, em seguida pela rodovia Amaral Peixoto RJ-106 ou pela Via Lagos. O acesso é feito percorrendo 200 quilômetros pela BR-101 no sentido Macaé.
Depois de cruzar a Ponte Rio-Niterói, segue-se pela BR-101 até o Trevo de Macaé no km 165 e, em seguida, continuar até o centro de Macaé e entrar na RJ-106 até Cabiúnas, onde há um acesso não asfaltado.
É possível ainda seguir de Campo no sentido a Quissamã por 60 km.
Ingressos
O valor do ingresso individual para passeios de carro ou bugre é R$ 5,50. Já para passeios a pé nas trilhas com ou sem guias, a entrada é gratuita.
Menores de 12 anos de idade e maiores a partir de 60 anos que possuem residência permanente no Brasil são isentos de taxas. Também têm entrada gratuita estudantes acompanhados da instituição de ensino, populações tradicionais extrativistas beneficiárias da UC e pesquisadores do ICMBio.
O parque pode ser visitado durante o ano todo. O pico de visitação é no período do verão. É permitido realizar os passeios de quinta-feira a domingo, além de feriados e datas comemorativas. O horário de visitação é entre 8h e 16h.
Onde ficar
Existem várias opções de acomodação em Macaé. http://www.macae.rj.gov.br/conteudo/leitura/titulo/turismo
Objetivos específicos da unidade
O objetivo geral da UC é proteger remanescentes de restinga do norte fluminense e lagoas costeiras, assim como possibilitar pesquisas científicas, ações de educação ambiental e recreação em contato com a natureza e turismo ecológico.
O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, assim como compatibilizar as atividades desenvolvidas pelas populações do entorno com a conservação da unidade e impedir que o crescimento proporcionado pela indústria de petróleo degrade os ambientes de restinga com alta significância ambiental.
Histórico
A área onde se situa a Restinga de Jurubatiba, entre a foz do rio Macaé e do rio Paraíba do Sul, foi habitada por indígenas Goytacazes. O nome do local tem orgiem do tupi e reúne as palavras ‘jeribá’ (uma espécie de palmeira) e ‘tiba’ (porção), significando terra de plantas espinhosas. Os indígenas Goytacazes foram dizimados em confrontos com os portugueses.
As terras de restinga permaneceram intocadas e, ao seu redor, eram circundadas por atividades de pecuária e de plantação de cana-de-açúcar. Hoje o parque ainda guarda uma parte bem conservada do Canal Campos-Macaé de 104 quilômetros de extensão que levou cerca de 30 anos para ser construído com o uso do trabalho escravo.
Criado em 29 de abril de 1998 com quase 15 mil hectares, o Parna tem mais de 40 quilômetros de costa e 18 lagoas costeiras. Esta é uma das UCs mais estudadas por pesquisadores. O Parna investe em turismo ecológico como uma ferramenta para a educação ambiental neste que é um dos ecossistemas mais ameaçados do país.
Atrações
O visitante pode realizar quatro tipos de passeios turísticos em Jurubatiba: caminhar pelas trilhas na unidades; fazer passeio em bugre ou carro entre o balneário de João Francisco, em Quissamã, e a Lagoa Preta; além de fazer um passeio de barco entre as lagoas de Carapebus e Paulista (passando por um trecho do canal Campos-Macaé); e passear de caiaque pelas inúmeras lagoas.
O visitante tem ainda a opção de contratar um guia local.
Veja a lista de locais que podem ser visitados:
- Lagoa de Jurubatiba e trilha
- Praia de Carapebus
- Lagoa Paulista
- Lagoa de Carapebus
- Trilha do Amarra-boi
- Lagoa da Bezerra e Lagoa Garças
- Lagoa Preta e Barrinha
- Estrada da Estivinha
Aspectos naturais
O Parna possui 44 quilômetros de praias e 18 lagoas costeiras (de água doce e salgada), servindo de abrigo ecológico para diversas espécies de fauna e flora. A Restinga de Jurubatiba serve de refúgio para animais e localiza-se numa área de transição ecológica no noroeste do estado do Rio de Janeiro, a 200 quilômetros da capital. Esta é a última faixa contínua de restinga no estado.
As restingas costeiras são as áreas com menor acúmulo de informações científicas sobre sua biodiversidade. No entanto, Jurubatiba é uma das poucas que se tem informações científicas, especialmente sobre aspectos geomorfológicos, de vegetação e limnologia (estudo das águas). O estudo da fauna é mais recente com o início de pesquisas ecológicas de longa duração.
Jurubatiba se tornou uma das porções do litoral brasileiro mais bem estudadas com a instalações de centros como Núcleo de Pesquisas Ecológicas e Sócio-Ambientais de Macaé (NUPEM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ver link: http://www.macae.ufrj.br/nupem/. Além da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), ver link: http://www.uenf.br/
Relevo e clima
Jurubatiba é a maior restinga do país e foi formada a partir do recuo do mar no período do Quaternário (de 1,8 milhões de anos). A partir da sobreposição de depósitos arenosos paralelos à costa, possibilitou o surgimento de dunas de três a oito metros de altura, com até dez metros de largura.
Os solos são do tipo regossolo (arenoso) com baixo potencial agrícola, devido às baixas profundidades e alta suscetibilidade à erosão. O relevo é constituído de colinas com declives suaves.
O verão é quente e chuvoso e, o inverno, mais seco. A temperatura média anual varia em torno de 22 e 24 graus centígrados e a precipitação anual entre mil e 1.350 milímetros.
Fauna e flora
A UC contém um número significativo de espécies que constam na lista brasileira de ameaçadas de extinção, além de registrar um número significativo de espécies cujas populações são sobre-exploradas em razão de inúmeras pressões.
A lagoa Preta de Jurubatiba é o único lugar do mundo em que se encontra o micro-crustáceo Diaptomus azuros, que segundo pesquisadores da UFRJ, só tem similares na costa oeste da África, servindo de prova que este continente já foi unido com a costa do Brasil em tempos remotos. Das espécies de peixes existem: acará, bagres, carapeba, robalo, tainha e traíra. Já na lista de répteis, estão o jacaré do papo amarelo, jiboia e cágado do brejo. Em relação às aves, foram identificadas em Jurubatiba 140 espécies divididas em 42 famílias como o papagaio chauá, sabiá da praia, maçaricos, jaçanãs, garças, frango-d’água, gavião, maguari, e socós. Quanto aos mamíferos, vivem na restinga lontras, capivaras, cachorro do mato, roedores e marsupiais.
Já em relação à flora, Jurubatiba tem uma vegetação rastejante, herbáceas rasteiras na beira da praia, arbustos, áreas alagadas, mata de cordão arenoso (nas regiões mais úmidas entre as dunas) e, até mesmo, florestas altas nos locais mais distantes do mar.
Problemas e ameaças
O Parna Restinga de Jurubatiba no norte fluminense situa-se próximo à Bacia de Campos, uma área rica em jazidas de petróleo. Esta região tem o maior PIB (Produto Interno Bruto) do estado devido à exploração petrolífera. Essas atividades são uma ameaça constante à preservação da maior restinga do país.
A UC possui espécies de plantas e animais de alta importância social e econômica, no entanto, as atividades ilegais são difíceis de serem monitoradas além do fácil acesso para atividades ilegais. A contratação de funcionários e a manutenção deles é difícil.
A atividade de caça tende a aumentar ligeiramente a curto de prazo nos próximos cinco anos e tem um alto impacto sobre a restinga, assim como a pastagem também tem um alto impacto e deve aumentar a longo prazo de forma generalizada.
A coleta de produtos não madeireiros também tende a aumentar num período de cinco anos, mas de forma espalhada na restinga.
Fontes
http://www.icmbio.gov.br/parnajurubatiba/
http://www.icmbio.gov.br/parnajurubatiba/guia-do-visitante.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/DNN/Anterior%20a%202000/1998/Dnn6730.htm
http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/309/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_da_Restinga_de_Jurubatiba
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/DNN/Anterior%20a%202000/1998/Dnn6730.htm