Mudanças entre as edições de "Reserva Biológica Estadual Banhado do Maçarico"
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Edição atual tal como às 20h31min de 18 de maio de 2015
Reserva Biológica Estadual Banhado do Maçarico |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Rio Grande do Sul |
Município: Rio Grande |
Categoria: Reserva Biológica |
Bioma: Pampa |
Área: 6253 |
Diploma legal de criação: Decreto no. 52.144, de 10 de dezembro de 2014 |
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul |
Contatos: |
Índice
Localização
Como chegar
Ingressos
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Preservar a dinâmica hídrica das áreas de nascentes que alimentam o sistema hidológico do Taim ao Sul e as drenagens naturais associadas ao estuário da Laguna dos Patos.
Preservar amostras das fisionomias palustres do banhado no Maçarico e seus ecossistemas associados.
Preservar uma áres de reconhecida importância internacional para a conservação de aves.
Garantir a integridade de habitats para manter populações de espécies ameaçadas de extinção.
Preservar áreas insubstituíveis para uma população isolada de macuquinhos-da-várzea (Scytalopus iraiensis).
Preservar áreas de importância para a reprodução da espécie migratória caboclinho-de-papo-branco (Sporophila palustris).
Histórico
Em outubro de 2007 a Superintendência do Ibama/RS encaminhou ao presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, João Paulo Capobianco, e ao diretor de Biodiversidade do Instituto, Rômulo Mello, um manifesto multi-institucional da ONG Curicaca (de Porto Alegre), que defende a criação de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral no Banhado do Maçarico, no município de Rio Grande (RS).
O manifesto é apoiado por diversas instituições, universidades, órgãos ambientais e ONGs que, assim como o Ibama/RS, defendem a criação da referida Unidade de Conservação, pois sustentam que o Banhado do Maçarico é considerado uma área importante para a conservação das aves no Estado do Rio Grande do Sul, com registro de diversos passeriformes ameaçados de extinção.
O projeto para a criação da reserva foi coordenado pelo diretor geral da Sema, o biólogo Luís Fernando Perelló, ao lado dos seguintes pesquisadores: Eduardo Vélez (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs); Giovanni Maurício (Universidade Federal de Pelotas – UFPel); Glayson Bencke (Fundação Zoobotânica – FZB); e Henrique Ilha (Estação Ecológica do Taim - Esec Taim, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio).
A área definida para a reserva evitou incluir as sedes das propriedades, mas adicionou áreas de banhados que são áreas indesejadas para muitos proprietários locais que relatam sistematicamente a perda de animais nestes ambientes.
Atrações
Aspectos naturais
Essa ampla área úmida é formada por banhados e campos litorâneos dispostos alternamente sob a forma de longas e estreitas faixas paralelas (cordões), configuradas pelas microoscilações do nível do mar durante a fase de regressão marinha holocênica.
Situa-se entre a costa oceânica e os terrenos mais elevados da planície costeira, de idade pleistocênica. A faixa palustre localizada junto à barreira, mais antiga do que aquelas situadas mais a leste, constitui o banhado do Maçarico propriamente dito, sendo caracterizada por uma turfeira espessa densamente coberta por vegetação palustre emergente (especialmente ciperáceas e gramíneas) e esparsas manchas de floresta paludosa.
As faixas subseqüentes de banhado apresentam fisionomia diferenciada, com cobertura vegetal menos densa e diversificada. Áreas relativamente restritas com águas abertas também estão presentes. Essa área situase imediatamente ao norte da Estação Ecológica do Taim e ao sul do estuário da laguna dos Patos, onde está localizada a cidade de Rio Grande.
Relevo e clima
Fauna e flora
Um inventário preliminar registrou a presença de pelo menos 170 espécies de aves nessa área. Em sua grande maioria, são espécies aquáticas ou campestres, havendo poucos representantes florestais. A população local de Sporophila palustris (caboclinho-de-papo-branco) representa, aparentemente, a maior concentração da espécie em território brasileiro durante o período reprodutivo.
Problemas e ameaças
Plantio de espécies arbóreas exóticas, queimadas sistemáticas das turfeiras, avanço de empreendimentos eólicos, sobrepastoreio pelo gado e contaminação por agrotóxicos.
A Reserva já nasceu cercada por um enorme Parque Eólico, licenciado pela FEPAM desconsiderando a intenção federal de criar uma Unidade de Conservação ali. Também ficou cruzada por uma estrada de acesso ao parque eólico, que acabou dividindo-a em duas porções.
Fontes
http://www.birdlife.org/datazone/sitefactsheet.php?id=20237