Parque Natural Municipal Penhasco Dois Irmãos
Localizado no bairro do Leblon, em plena região metropolitana do Rio de Janeiro, o Parque Natural Municipal Penhasco Dois Irmãos é de fácil acesso para quem quer um mirante diferente para admirar a Cidade Maravilhosa.
Parque Natural Municipal Penhasco Dois Irmãos |
Esfera Administrativa: Municipal |
Estado: Rio de Janeiro |
Município: Rio de Janeiro |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 38 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto Municipal n° 11.850, de 21 de dezembro de 1993. (criação)
Decreto Municipal n° 22.662, de 19 de fevereiro de 2003. (alteração de nome) |
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro - RJ |
Contatos: Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 3972-6986 Unidade de Conservação do Parque Natural Municipal Penhasco Dois Irmãos Endereço: Rua Aperana, s/n - Leblon - Rio de Janeiro/RJ E-mail: pnm2irmaos@yahoo.com.br Telefone: (21) 2503-2134 // (21) 2503-3098 |
Índice
Localização
Rua Aperana, s/n - Leblon - Rio de Janeiro/RJ
Como chegar
Os visitantes desta unidade de conservação da natureza podem acessar o Parque através da rua Aperana, no Leblon, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.
Ingressos
Não há cobrança de ingressos para entrar na Unidade.
Dias da semana: Terça a Domingo Horários: 08:00 a 17:00
Onde ficar
Existem inúmeras opções de hospedagem no Rio de Janeiro, desde hostels e pousadas até hotéis de luxo. No Leblon concentram-se diversas opções de hospedagem.
Objetivos específicos da unidade
Oferecer espaços verdes e livres para lazer em área urbana; preservar, proteger e recuperar o patrimônio paisagístico da área; preservar, proteger e recuperar o ecossistema da Mata Atlântica existente; promover o controle do crescimento das áreas de favela, limítrofe ao Parque; implantar sistema de gestão e administração conjunta do Parque, a ser estabalecido entre o Poder Público e Associações de Moradores da área, visando o desenvolvimento de ações de preservação, proteção, recuperação ambiental e promoção de lazer.
Histórico
O Parque Municipal do Penhasco Dois Irmãos foi criado pelo Decreto nº 11.850, de 21 de dezembro de 1992. Após o advento da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000 e do Decreto Municipal n° 22.662, de 19 de fevereiro de 2003, passou a ser denominado Parque Natural Municipal do Penhasco Dois Irmãos – Arquiteto Sérgio Bernardes, uma unidade de conservação da natureza. Sua área é de, aproximadamente, 39 hectares.
O Morro Dois Irmãos passou e ainda passa por um processo de reflorestamento, através de um programa desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro. O Programa Mutirão Reflorestamento utiliza mão-de-obra local para recuperar e restaurar ecossistemas degradados. Hoje a vegetação se encontra em estágio secundário de sucessão ecológica, sendo necessários esforços humanos para que seja reduzida ao máximo a quantidade de espécies que não pertencem a nossa região, as chamadas espécies exóticas invasoras. Algumas destas espécies, como a jaqueira e os micos, são capazes de se estabelecerem, se desenvolverem e se reproduzirem em tal proporção que comprometem o desenvolvimento e a permanência de espécies nativas, aquelas de ocorrência natural do ecossistema local.
A Casa da Horta atualmente funciona como viveiro de espera das mudas do Mutirão Reflorestamento. Possui canteiros que permitem o plantio e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental envolvendo a sociedade.
Atrações
O Parque oferece cinco mirantes, sendo que todos eles têm vista para as praias de Ipanema e do Leblon; de um dos mirantes, pode-se avistar o Cristo Redentor, localizado no Parque Nacional da Tijuca, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Jóquei Clube, o manto verde do Maciço da Tijuca e o Monumento Natural das Ilhas Cagarras. Foi aberto, recentemente, um sexto mirante na trilha Janela do Céu.
A trilha Janela do Céu é uma excelente opção para quem deseja estar mais próximo da natureza e caminhar ao longo de um caminho sinuoso que leva a um belo mirante. É uma trilha leve, recomendada para todas as idades. Possui sinalização informativa e de identificação de espécies do bioma Mata Atlântica. Os visitantes podem fazer a trilha e aprender um pouco mais sobre conservação ambiental. A trilha possui, aproximadamente, 1,1km de extensão. Recomenda-se usar roupas leves, sapato fechado, levar água potável e muita disposição.
Além disso, o Parque também conta com um anfiteatro e uma arena, local para realização de atividades culturais. O Parque ainda conta com painéis de energia solar, uma escultura projetada por Oscar Niemeyer, um monumento em homenagem às vítimas do vôo 447 da Air France, parquinho infantil, lago, campo de futebol e sala do meio ambiente, onde são desenvolvidas ações de educação ambiental.
O Parque Dois Irmãos possui uma luneta de observação terrestre. Através dela é possível observar o Morro Dois Irmãos, as Ilhas Cagarras e (futuramente) o Cristo Redentor. A luneta tem capacidade de aumentar objetos em até 20 (vinte) vezes.
Aspectos naturais
Relevo e clima
Constituinte do Maciço Tijucano, como uma extensão da Serra da Carioca, o Morro Dois Irmãos é uma massa granítica de escarpas íngremes, com latossolo nas partes mais baixas.
Fauna e flora
Podem ser avistados no interior do Parque o tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus); caxinguelê (Sciurus aestuans), saíra-sete-cores (Tangara seledon), alma-de-gato (Piaya cayana), gambá (Didelphis aurita), jiboia (Boa constrictor), jacupemba (Penelope superciliaris), entre outros componentes da fauna.
Entre as espécies da flora encontramos o pau-brasil (Caesalpinia echinata), cambará (Gochnatia polymorpha), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), guapuruvu (Schizolobium parahyba), palmito-juçara (Euterpe edulis), aroeira (Schinus terebinthifolius), cajá-mirim (Spondias mombin), ipês (Handroanthus spp.), que contribuem com a riqueza da biodiversidade da Mata Atlântica.
Sua cobertura vegetal é secundária - exceto a vegetação rupícola e aquela existente em seu cume e nas fendas, entre os paredões, estando classificada como Floresta Ombrófila Densa Submontana, segundo padrões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pode-se destacar entre as espécies botânicas ainda encontradas no Parque Municipal Penhasco Dois Irmãos a ameaçada de extinção orquídea-das-pedreiras (Laelia lobata - Orchidaceae), o antúrio-das-pedras (Anthurium solitarium - Araceae), a velózia-branca (Vellozia candida - Velloziaceae) e as bromélias (Vriesea regina, Tillandsia araujei - Bromeliaceae). Das espécies arbóreas mais freqüentes, existem a paina-ruiva (Ceiba erianthos - Bombacaceae), a carrapeteira (Guarea guidonea - Meliaceae), a jaqueira (Artocarpus heterophyllus - Moraceae), as figueiras (Ficus enormis, Ficus clusiaefolia - Moraceae), as pindaíbas (Xylopia spp - Sterculiaceae), o araticum (Annona sp - Annonaceae), o pau-de-alho (Gallesia integrifolia - Phytolacaceae) e a quaresmeira (Tibouchina granulosa - Melastomataceae) Entre as espécies arbustivas e herbáceas, têm-se a calatéia (Calathea sp), o bambu (Bambusa sp - Graminae), o bambu-caniço (Merostachys sp - Graminae), as jurubebas (Solanum spp - Solanaceae), a goiabeira (Psidium guayava - Myrtaceae) e a urtiga-mansa (Urera armigera). Nos trechos mais degradados surgem o guizo-de-cascavel (Crotalia bimucronata - Leguminosae) e o sangue-de-dragão (Croton urucurana - Legiminosae), como plantas ruderais, que gradativamente vão colonizando áreas desmatadas. Ainda pode-se encontrar algumas bananeiras-prata (Musa sapientium - Musaceae), o abacateiro (Persia americana - Lauraceae), e a mangueira (Mangifera indica - Anacardiaceae), que atestam a ocupação humana no passado. As Palmáceas são representadas pelo escasso coqueiro-baba-de-boi (Syagrus romanzoffianum - Palmae), pelo palmiteiro (Euterpe edulis - Palmae), ameaçado de extinção, e pela aricanga (Geonoma schottiana - Palmae). As epífitas são escassas devido ao estágio de regeneração da mata, na porção mais baixa do Parque, sendo observados o cacto-rabo-de-rato (Rhipsalis sp - Cactaceae) e as bromélias (Tillandsia stricta e Billbergia sp - Bromeliaceae).
Problemas e ameaças
Fontes
Cadastro Nacional de Unidades de Conservação [1]