Jardim Botânico de Brasília

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O Jardim Botânico de Brasília – JBB é uma área protegida, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal – SEMA/DF, cujas atividades são: a constituição e a manutenção de Coleções de Plantas, Desenvolvimento de Pesquisa, Educação Ambiental e Lazer orientados para a conservação da Biodiversidade. O Jardim Botânico de Brasília é predominantemente composto por vegetação do Cerrado, em excelente estado de conservação, que pode ser apreciado nas Trilhas Interpretativas abertas à visitação pública. Por conta dessa característica, o JBB é conhecido como o “Jardim do Cerrado”. A área acessível à visitação é composta pelo Centro de Visitantes, Centro de Excelência do Cerrado, área de Piquenique, Orquidário, Cactário, Biblioteca, Permacultura, Anfiteatro, Trilhas Interpretativas e Jardins Temáticos.

Além do contato com o Cerrado, assim como os museus possuem coleções abertas à visitação pública, o JBB possui uma coleção de Jardins Temáticos. São eles: Jardim Evolutivo, Jardim de Cheiros, Jardim Japonês e Jardim de Contemplação. Estes espaços proporcionam o contato com a diversidade das espécies existentes no planeta e ajudam a entender como as sociedades humanas se relacionam com suas plantas e constroem suas paisagens. A equipe técnica do JBB é composta por servidores públicos que trabalham em prol da conscientização ambiental para produzir e divulgar conhecimento sobre o Bioma Cerrado, além de sensibilizar a sociedade para sua conservação.

É missão institucional do JBB, desenvolver pesquisa e tecnologia, promover o lazer e a educação ambiental orientados à conservação e preservação do Bioma Cerrado.


Jardim Botânico de Brasília
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Distrito Federal
Município: Basília
Categoria: Estação Ecológica
Bioma: Cerrado
Área:
Diploma legal de criação:
Coordenação regional / Vinculação:
Contatos:

Localização

https://goo.gl/maps/eYi9prhCjs12

Como chegar

Ingressos

Horários e Ingressos O Jardim Botânico de Brasília abre suas portas para visitação pública de terça à domingo, das 9 às 17 h.

A entrada custa R$ 5,00 por pessoa. Crianças até 12 anos incompletos, idosos a partir dos 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam ingresso.

De terça a domingo, das 7 às 8h50, o acesso ao JBB é permitido somente a pedestres e ciclistas, sem cobrança de ingresso.

Às segundas-feiras o JBB fecha para manutenção.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Histórico

O “Plano Piloto para a Nova Capital” de Lúcio Costa trouxe o registro da primeira proposta de localização para o Jardim Botânico e o Jardim Zoológico de Brasília. Como suporte à implantação do Parque Zoobotânico, em 1961, foi criada a Fundação Zoobotânica do Distrito Federal (FZDF).

O projeto ficou estagnado de 1961 até 1967, quando a Terracap iniciou os serviços de terraplanagem da “Estrada do Roteiro”, conforme o anteprojeto da Burle Marx Arquitetos Paisagistas, visando à implantação do Parque Zoobotânico.

Em 1969, foi elaborado o Plano Diretor do Parque Zoobotânico. Este Plano orientou a implantação daquele que se tornou o Jardim Zoológico de Brasília, importante ponto turístico da Capital.

Em 1976, formou-se uma Comissão para estudar e propor a criação do Jardim Botânico de Brasília – JBB. O relatório da Comissão foi entregue em 18 de maio de 1977, com a conclusão de que, ao contrário do Projeto de Lúcio Costa, o melhor local para abrigar o Jardim Botânico de Brasília seria a Estação Florestal Cabeça de Veado (EFCV), administrada pela FZDF, situada no Setor de Mansões Dom Bosco do Lago Sul, em terras pertencentes à Terracap, com área de 526 ha.

Segundo a Comissão, a área apresentava vegetação característica, com várias fitofisionomias do Cerrado, possuía infraestrutura, capaz de funcionar como núcleo inicial – como luz, telefone, abundância de água, pela presença do Córrego Cabeça de Veado, topografia ideal e distância razoável do centro de Brasília.

O local era uma Estação de Experimentação Florestal, com Pinus e Eucalyptus acompanhados por pesquisadores do IBDF, e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e também um Viveiro de produção de mudas. A Comissão enfatizou a importância de se preservar ao máximo a vegetação típica da área, bem como a necessidade do plantio de espécies representativas do Bioma Cerrado existentes em outros Estados brasileiros. Com um dos melhores jardins zoológicos do País, Brasília clamava por seu jardim botânico, uma das últimas obras previstas no Plano Piloto de Lúcio Costa, ainda não implantada. O assunto ilustrava páginas da imprensa local. Muitos estudos foram realizados para a escolha da área que abrigaria o Jardim Botânico de Brasília.

A chegada de uma bióloga no quadro funcional da Fundação Zoobotânica do Distrito Federal, Cilúlia Maria Rodrigues de Freitas Maury era o que faltava para dar partida à empreitada. Com a assessoria do corpo técnico do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a presença do ecólogo Pedro Carlos de Orleans e Bragança, as condições para a criação do “Jardim Botânico do Cerrado” estavam estabelecidas. O Jardim Botânico de Brasília foi o primeiro Jardim Botânico do mundo com objetivos claros de conservação in situ de recursos genéticos. Com a finalidade de examinar os trabalhos já realizados e propor as medidas necessárias para a definitiva implantação do JBB, a Comissão ratificou o relatório da Comissão anterior e confirmou a área da EFCV como a sede do futuro JBB.

Em 1984, o ecólogo Pedro Carlos de Orleans e Bragança foi nomeado chefe do Jardim Botânico de Brasília e assumiu a coordenação dos trabalhos para sua implantação.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro apresentou o relatório “Potencial de Uso Público e Estudos Arquitetônicos do Jardim Botânico de Brasília”. Nele está contido o projeto arquitetônico, o programa de uso público e o projeto paisagístico elaborado por sua equipe.

Um ponto comum desde o relatório da Comissão de 1976 é que o JBB deveria ser a melhor referência de Jardim Botânico do Cerrado. Por estar localizada na área do Bioma Cerrado, Brasília deveria ser um ponto de destaque deste Bioma, procurando estudá-lo, divulgá-lo e protegê-lo, educando o público para sua valorização e proteção. As premissas para a orientação do projeto do JBB foram de vanguarda. A história dos jardins botânicos no mundo mostra que até então, não passavam de instituições que procuravam, principalmente, aclimatar as plantas de outros lugares, promovendo a conservação ex situ de recursos genéticos vegetais. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por exemplo, iniciou suas atividades aclimatando espécies do Velho Mundo, necessárias para a alimentação, o tratamento de doenças, a conservação de alimentos e o fornecimento de fibras para tecelagem, entre outras, em uma terra nova, de recursos naturais ainda desconhecidos na época.

E assim o JBB foi o primeiro jardim botânico no mundo a manter coleções de plantas in situ, ou seja, no seu ambiente, permitindo a manutenção de sistemas e processos naturais como a melhor forma de conservação de recursos genéticos.

Apenas em 1989, o Botanical Garden Conservation International (criado em 1987), lançou o livreto “Estratégia de Conservação para os Jardins Botânicos”, cuja tradução foi lançada no Brasil em 1990. Neste trabalho, esse órgão mundial define uma carta de propósitos para os jardins botânicos, enfatizando que devem buscar espaços para a conservação in situ.

A concepção arquitetônica e paisagística do JBB buscou compatibilizar a preservação dos recursos naturais e dos aspectos cênicos às necessidades concretas de instalação de espaços de trabalho e de lazer para funcionários e público visitante. O planejamento, norteado pelos princípios da arquitetura ecológica, favoreceria o uso racional do ambiente com o mínimo de impacto, aproveitando e maximizando os elementos naturais e condições ambientais de forma que as edificações propostas não fragmentassem a lógica e o ordenamento natural dos aspectos paisagísticos.

A análise da fotografia aérea de 5 de agosto de 1982, assim como dos relatórios de vegetação, flora e solos subsidiou o planejamento da área de uso público. Buscou-se também o máximo aproveitamento da estrutura já existente na Estação Florestal Cabeça de Veado, tais como o viveiro de produção de mudas, escritórios, herbário, área de experimentos florestais, acessos existentes, de forma a concretizar sua implantação efetiva a curto prazo e baixo custo, com o máximo de qualidade técnica.

Projetou-se a construção de um Mirante no ponto culminante do JBB, de onde é possível avistar sua área – que se tornou a Estação Ecológica do JBB -, assim como a cidade de Brasília.

O JBB foi inaugurado no dia 08 de março de 1985. O evento solene contou com a participação de autoridades como o Governador do DF, José Ornellas de Souza Filho, o príncipe herdeiro da coroa brasileira, D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança, sua esposa, a princesa Maria de La Esperanza de Bourbon e Orleans, e sua filha, a princesa D. Cristina de Orleans e Bragança, além do Diretor do JBB, Pedro Carlos de Orleans e Bragança, sua esposa, Patrícia de Orleans e Bragança e o diretor do Jardim Bôtanico do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Ribeiro De Xavier. O evento contou com a participação da ilustre botânica brasileira, pesquisadora do JBRJ, Graziela Maciel Barroso.

Como parte da solenidade, houve o lançamento de selo e envelope comemorativos pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ocorrido no Palácio do Buriti. O selo apresentava uma obra específica de autoria do artista plástico Álvaro Martins: um ramo florido de pequizeiro, a árvore-símbolo do JBB.

Atrações

Centro de Visitantes, Centro de Excelência do Cerrado, área de Piquenique, Orquidário, Cactário, Biblioteca, Permacultura, Anfiteatro, Trilhas Interpretativas e Jardins Temáticos.

Aspectos naturais

Relevo e clima

Fauna e flora

Fauna Cerrado

O JBB pela sua escala que totaliza 5000 ha de Cerrado em excelente estado de conservação, abriga uma diversidade de fauna que inclui animais de topo de cadeia, a exemplo da onça parda registrada pelas lentes dos pesquisadores que atuam na área.

As Gerências de Preservação e Monitoramento e Controle do JBB, vêm trabalhando em parceria desde abril de 2013 e atuando em projetos relacionados à preservação da fauna silvestre, auxiliando nas atividades de Educação Ambiental. Alguns projetos estão em andamento e outros em fase de elaboração, a saber:

Monitoramento dos médios e grandes mamíferos no Jardim Botânico de Brasília- JBB/ Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília – EEJBB. Atualização da lista de aves do Complexo Conservacionista do Jardim Botânico de Brasília -JBB/Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília – EEJBB. Monitoramento e controle de animais domésticos no interior do Jardim Botânico de Brasília – JBB/Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília – EEJBB. O Jardim Botânico de Brasília – JBB apresenta uma fauna abundante e diversificada, composta por espécies raras ou ameaçadas de extinção, tais como: tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), jaguatirica (Leopardus pardalis), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), ouriço-caixeiro (Coendou prehensilis), águia-chilena (Geranoaetus melanoleucus); além de espécies endêmicas como gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops).

A fauna que compõe a biodiversidade do JBB é representada por 77 espécies da mastofauna ( marsupiais, roedores, morcegos médios e grandes, algumas ameaçadas de extinção) ; 257 espécies de avifauna, das quais algumas endêmicas e ameaçadas de extinção; 73 espécies da herpetofauna ( lagartos, dos quais algumas espécies endêmicas; serpentes, algumas espécies endêmicas; anfisbenas, tartaruga e anfíbios, algumas espécies endêmicas).

Além do trabalho desenvolvido por estas Gerências, o JBB mantem parcerias com outros orgãos na realização de solturas e reintrodução de animais silvestres capturados no entorno da Unidade de Conservação – EEJBB.

Recentemente, foi assinado termo de reciprocidade com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade- ICMBio e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga – CECAT, com a finalidade de ampliar as pesquisas referentes a fauna e flora do Bioma Cerrado. .


Flora Cerrado

A área do JBB e da EEJBB é representada por quase todas as fitofisionomias do Cerrado. De acordo com Ribeiro e Walter (2008), há três tipos de formações: florestais, savânicas e campestres. No JBB e EEJBB, as formações florestais encontradas são: Mata de Galeria e Cerradão; as savânicas são: Vereda e Cerrado sentido restrito; e as campestres: Campo sujo, Campo limpo, Campo rupestre e Campo com murundu.

Formações florestais

Mata de Galeria

É uma vegetação florestal que acompanha os rios de pequeno porte e córregos dos planaltos do Brasil Central, formando corredores fechados sobre o curso de água. Suas árvores podem medir entre 20 e 30 metros, fornecendo uma cobertura arbórea de 70 a 95%. É comum haver espécies epífitas (plantas que utilizam as árvores como suporte para crescimento). Os solos são geralmente cambissolos, plintossolos, argissolos, gleissolos ou neossolos.

De acordo com características ambientais como a topografia e variações na altura do lençol freático ao longo do ano a Mata de galeria pode ser separada em dois subtipos: Mata de Galeria não-Inundável e Mata de Galeria Inundável. Na área do JBB e EEJBB, ocorrem três Matas de Galeria, as quais acompanham os córregos Cabeça-de-veado, o Taquara e o Tapera, totalizando 190 hectares. Algumas espécies encontradas comuns a Mata de Galeria são: Copaifera langsdorfii (copaíba), Euterpe edulis (jussara), Schefflera morototoni (morototó), Styrax camporum (cuia-do-brejo), Symplocos nitens (congonha).

Cerradão

Possui características esclerófilas (grande ocorrência de órgãos vegetais rijos, principalmente folhas) e xeromórficas (características como folhas reduzidas, suculência, pilosidade densa ou com cutícula grossa que permitem conservar água e, portanto, suportar condições de seca).

Caracteriza-se pela presença de espécies que ocorrem no Cerrado sentido restrito e por espécies de florestas, particularmente as da Mata Seca Semidecídua e da Mata de Galeria Não-Inundável.

A altura média das árvores varia de 8 a 15 metros, proporcionando condições de luminosidade que favorecem a formação de camadas arbustivas e herbáceas diferenciadas. Os solos do Cerradão são profundos, bem drenados, de média e baixa fertilidade, ligeiramente ácidos, pertencentes às classes latossolo vermelho ou latossolo vermelho-amarelo.

De acordo com a fertilidade do solo o Cerradão pode ser classificado como Cerradão Distrófico (solos pobres) ou Cerradão Mesotrófico (solos mais ricos, ainda que de fertilidade mediana), cada qual possuindo espécies características adaptadas a esses ambientes.

Espécies arbóreas mais frequentes no Cerradão Distrófico são: Caryocar brasiliense (pequi), Copaifera langsdorffii (copaíba), Emmotum nitens (sobre), Hirtella glandulosa (oiti), Lafoensia pacari (pacari). No Cerradão Mesotrófico são: Callisthene fasciculata (jacaré-da-folha-grande), Dilodendron bippinatum (maria-pobre), Guazuma ulmifolia (mutamba).

O Cerradão ocorre em apenas um fragmento da Estação Ecológica totalizando uma área de 26 hectares.

Formações Savânicas

Cerrado sentido restrito

Essa fisionomia é a mais abrangente da área, ocorrendo em 3.136 hectares. Caracteriza-se pela presença de árvores baixas, arbustos e ervas. As árvores são distribuídas aleatoriamente sobre o terreno em diferentes densidades, com ramificações irregulares retorcidas e sem que se forme uma cobertura contínua. Os troncos possuem casca com cortiça espessa, fendida ou sulcada, folhas rígidas e coriáceas, características que sugerem adaptação a condições da seca.

Ocorre, em grande parte, em solos das classes latossolo vermelho e vermelho-amarelo, moderadamente ácidos e com carência generalizada de nutrientes e altas taxas de alumínio. Pode ocorrer também em cambissolos, neossolos quartzênicos, neossolos litólicos, plintossolos ou gleissolos.

Devido a fatores como as condições edáficas, pH, saturação de alumínio, condições hídricas e profundidade do solo, o Cerrado sentido restrito subdivide-se em Cerrado Denso, Cerrado Típico, Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre. A diferença entre as três primeiras subdivisões é a forma dos agrupamentos e espaçamento entre os indivíduos lenhosos. O Cerrado Rupestre diferencia-se dos demais pelo substrato com afloramentos rochosos.

Na área do JBB e EEJBB ocorrem todos os tipos de Cerrado sentido restrito. As espécies frequentes desses ambientes são: Hancornia speciosa (mangaba), Ouratea hexasperma (vassoura-de-bruxa), Qualea grandiflora (pau-terra-grande), Q. parviflora (pau-terra-roxo), Tabebuia aurea (caraiba, ipê-amarelo), Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado), entre outras.

Cerrado Denso

É o subtipo mais denso e alto de Cerrado sentido restrito, com cobertura arbórea de 50% a 70% e altura média de 5m a 7m.

Cerrado Típico

É uma forma comum e intermediária entre o Cerrado Denso e o Cerrado Ralo, com cobertura arbórea de 20% a 50% e altura média de 3m a 6m.

Cerrado Ralo

É a forma mais baixa e menos densa entre os subtipos citados, com cobertura arbórea de 5% a 20% e altura média de 2m a 3m, com o estrato herbáceo-arbustivo bem destacado.

Cerrado Rupestre

A vegetação do Cerrado Rupestre ocorre em ambientes com afloramentos rochosos, com cobertura arbórea de 5% a 20%, altura média de 2m a 4m e estrato herbáceo-arbustivo bem destacado. Algumas espécies arbustivas são bem características dessa fitofisionomia como: Lychnophora ericoides (arnica), Wunderlichia mirabilis (flor-de-pau), Chamaecrista orbiculata (moeda), Stenodon sp. Esta fisionomia abrange aproximadamente 12 hectares na Estação Ecológica.

Vereda

A Vereda se caracteriza pela presença de uma única espécie de palmeira, o buriti (Mauritia flexuosa), que não forma dossel e pode adquirir altura média de 12 a 15 metros com cobertura de 5 a 10%. A Vereda é circundada por uma camada característica de arbustos e ervas. Quanto à florística as famílias encontradas com muita frequência nas suas áreas campestres são Poaceae e Fabaceae (Desmodium e Stylosanthes) e gêneros como Hyptis, Ludwigia, Mimosa e Xyris. Ocorre adjacente à Mata de Galeria do córrego Taquara e do Cabeça-de-veado e no córrego Taperinha, localizados na Estação Ecológica. Essa fisionomia soma 60 hectares.

Formações Campestres

Campo Sujo

O Campo Sujo é caracterizado pela presença exclusiva de arbustos e subarbustos esparsos em áreas com solos rasos, como os neossolos litólicos, cambissolos ou plintossolos pétricos, ou em solos profundos e de baixa fertilidade, como os latossolos e os neossolos quartzênicos. Os táxons mais encontrados são: Poaceae (Aristida, Axonopus, Tristachya), Asteraceae (Aspilia, Baccharis, Chromolaena, Vernonia), Cyperaceae (Bulbostylis, Rhynchospora).

O Campo sujo ocupa área de 76 hectares na área do Jardim Botânico e da Estação Ecológica.

Campo Limpo

A presença de espécies herbáceas no Campo Limpo é predominante com raros arbustos e subarbustos e ausência de árvores. Pode ser encontrado nas encostas, chapadas, circundando as Veredas e nas bordas da Mata de Galeria ou em áreas planas.

Podem ser encontradas espécies dos seguintes grupos: Burmanniaceae (Burmannia), Poaceae (Axonopus, Mesosetum, Panicum), Orchidaceae (Cleistes, Habenaria), entre outras. O Campo Limpo é a segunda fitofisionomia predominante no JBB e EEJBB, totalizando 521 hectares.

Campo Rupestre

O Campo Rupestre é predominantemente herbáceo-arbustivo com substrato composto por afloramentos de rocha ou neossolos litólicos. Devido às condições edáficas e restritivas, a flora do Campo rupestre é típica com muitos endemismos (presença de espécies com ocorrência restrita a este ambiente) e plantas raras. Os táxons mais frequentes são: Asteraceae (Bacharis, Calea, Lychnophora), Bromeliaceae (Dyckia, Tillandsia), Rubiaceae (Chiococca, Declieuxia), Vellozia spp. O Campo Rupestre está presente em duas áreas da Estação Ecológica abrangendo 21 hectares.

Problemas e ameaças

Fontes

http://www.jardimbotanico.df.gov.br/