Parque Estadual do Forno Grande

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Parque Estadual do Forno Grande
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Espirito Santo
Município: Castelo
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 730 hectares
Diploma legal de criação: Em 1960, o Decreto 312, de 31 de outubro, criou a Reserva Florestal do Forno Grande. A Reserva Florestal passou a ser Parque Estadual em 1998, através do Decreto Estadual 7.258, de 11 de setembro, e posteriormente, pelo Decreto Estadual 3385-R, de 20 de setembro de 2013.
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA)
Contatos: Telefone: (28) 99966-7550, (27) 3248-1156

E-mail: gap@iema.es.gov.br

Endereço para correspondência: Br 262, Km 0, s/nº, Jardim América, Cariacica – Espírito Santo. CEP 29.140-500.

Localização

O parque fica no município de Castelo, estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil. Suas coordenadas geográficas são S 20º 32' 29" W 41º 07' 17".

Como chegar

O acesso ao Parque é feito por estrada de terra de bom estado de conservação.

Distâncias em Km: De Pedra Azul, passando por Alto Caxixe até o PEFG. 28km Do Trevo da Fazenda do Estado, passando pelo Caxixe Frio até PEFG. 23km De Pedra Azul passando por São Paulinho do Aracê até PEFG. 28km De Cachoeiro, passando por São Paulinho do Aracê até PEFG. 77km De Castelo, passando pela Fazenda da Prata até o PEFG. 32km De Castelo, passando pelo Limoeiro até o PEFG. 42km.

Ingressos

  • Agendamento

Todo o passeio deverá ser agendado com antecedência de pelo menos 24 horas (1 dia), e deverá ser sempre acompanhado por um guarda-parque do IEMA.

  • Telefone para agendamento: (27) 3248-1156
  • Horário de funcionamento: 8:00h as 17:30h.
  • Atenção: O horário de saída para o passeio nas trilhas é as 9h da manhã e à 13:30h da tarde, não sendo realizada saídas em outros horários.
  • Tamanho máximo dos grupos: O passeio pode ser feito por grupos de no máximo 40 pessoas até a Cachoeira e a Gruta da Santinha, e de no máximo de 20 pessoas até os Poços Amarelos e o mirante.
  • Ingresso: Temporariamente, a partir de março de 2008, o passeio para todas as trilhas é GRATUITO.
  • Trajes e roupas: Todo o visitante deverá trajando roupas leves e confortáveis, calça comprida e calçado fechado sem salto e com boa aderência ao solo.
  • Banho: O visitante poderá banhar-se nas cachoeiras e piscinas naturais e levar roupa de banho.
  • Lanches e água: O parque não possui lanchonete em seu interior, por isso recomenda-se que o visitante leve água e um lanche leve ou desfrute dos restaurantes localizados nas proximidades. As trilhas possuem pontos de água potável e bancos e mesas para contemplação, descanso ou lanche.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Histórico

O Parque Estadual do Forno Grande protege o segundo maior ponto culminante do Estado do Espírito Santo, o Pico do Forno Grande com 2.039 m, além de quedas d`água e trilhas. Local de especial riqueza biológica, também abriga espécies de animais em extinção, como a onça-parda, a jaguatirica e o macaco mono-carvoeiro. No topo do Pico, área de preservação, concentra-se uma mata com cerca de 300 m, que segundo o pesquisador Augusto Ruschi, trata-se da maior floresta de altitude do mundo.

Atrações

Possui entre suas atrações o Centro de Visitantes, com uma rica coleção da fauna local, além de auditório para realização de cursos, palestras e atividades educativas para a comunidade do entorno, o parque possui um sistema de trilhas que possuem atrativos diversificados, onde podemos destacar:

  • Trilha da Cachoeira: relevante queda d'água, a menos de 200 m do início da trilha.

Nível de dificuldade: fácil
Distância: 290 m
Duração média do percurso (ida e volta): 30 minutos de caminhada
Atrativos: cachoeira com queda d’água de aproximadamente 30 metros de altura.

  • Trilha da Santinha: tem como principal atrativo a gruta com uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida, colocada pelo guarda ambiental Alair Tedesco, que trabalhou por quase 30 anos na unidade.

Nível de dificuldade: fácil
Distancia: 400 m
Duração média do percurso (ida e volta): 1 hora de caminhada
Atrativos: gruta natural com imagem de Nossa Senhora de Aparecida.

  • Trilha dos Poços Amarelos: tem como destaque a presença de um conjunto de piscinas naturais de água de cor amarelada devido a presença do ferro. Além disso, é um mirante natural que permite visualizar o entorno do Parque e a famosa Pedra Azul.

Nível de dificuldade: médio
Distancia: 850 m
Duração média do percurso (ida e volta): 2 a 3h de caminhada
Atrativos: conjunto de piscinas naturais de cor amarelada, nos quais os visitantes podem tomar banho.

  • Trilha do Mirante da Pedra Azul: a cerca de 1500 m de altitude, é possível avistar o Parque Nacional do Caparaó, a Pedra Azul, e a Pedra das Flores.

Grau de dificuldade: médio
Distância: 1800 m
Duração média do percurso (ida e volta): de 3:30 a 4h de caminhada
Atrativos: vista panorâmica dos municípios de Castelo, Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Vargem Alta, sendo possível avistar a Pedra Azul, Frade e a Freira, Parque do Itabira e o Pico da Bandeira.

  • Trilha do Pico do Forno Grande: leva ao pico do forno grande, a 2039 m de altitude. Encontra-se interditada, sendo realizado estudo pelo IEMA para sua possível reabertura.

Aspectos naturais

Relevo e clima

  • Clima : O clima do Parque é tropical megatérmico, quase mesotérmico e sub úmido. A pluviosidade média anual está em torno de 1.200 mm, com verões chuvosos e invernos secos. A temperatura média anual está em torno de 23ºC, com máximas podendo atingir 36ºC e as mínimas diárias chegando a valores entre 5 e 7ºC. Está localizado na região serrana do Estado e possui uma variação altimétrica de 1.128 a 2.039 m.
  • Relevo :

Fauna e flora

  • Flora : A área do Parque e seu entorno atualmente encontram-se ocupadas pelas seguintes fito fisionomias: agricultura, estágios inicial, médio e avançado de regeneração da floresta Ombrófila Densa Montana e Floresta Ombrófila Densa Altimontana, Pastagem, Pomar e da vegetação Rupestre. Na área do parque encontra-se inserida a Floresta Ombrófila Densa Montana que constitui uma variação da floresta Ombrófila Densa que ocorre em altitudes de 500 a 1500 m, sobre litologia pré-cambriana, em relevo dissecado de caráter montanhoso, onde as florestas mantêm a mesma estrutura até próximo ao cume dos relevos dissecados, quando as árvores se tornam menores por ocuparem solos delgados ou litólicos, cuja vegetação se caracteriza por apresentar um estrato dominante com altura de aproximadamente 20-25 m, com representantes arbóreos como Vochysia sp., Talauma sp., Cariniana sp., Ocotea sp., Nectandra sp. e arbustivas pertencentes às famílias Rubiaceae, Myrtaceae e Melastomataceae, entre outras. E a Floresta Ombrófila Densa Montana que ocorre em ambiente acima de 1200 m de altitude, em solos delgados litólicos e cambissolos do cume das montanhas, com vegetação apresentando altura entre 5 a 10 m, constituída por representantes arbóreos dos gêneros Drymis, Clethra, Ilex, Rapanea, Roupala, Miconia, entre outros. Ruschi (1950) denomina a vegetação situada entre 1000 e 2200 m de altitude como Floresta Altimontana ou Subalpina, bastante semelhante à floresta de encosta, com presença dos gêneros Podocarpos, Tibouchina, Inga, Cecropia, Virola, Clusia, entre outros.
  • Fauna :
    • Mastofauna: Presença de vinte e quatro espécies de mamíferos pertencentes às ordens Didelphimorphia, Xenarthra, Primates, Carnivora e Rodentia. Destas, oito são espécies endêmicas da Mata Atlântica, o que corresponde a 33,3% das espécies registradas.
    • Aves: Presença de 130 espécies de aves, pertencentes a 16 ordens e 38 famílias. A área que apresentou maior riqueza específica foi à área que vai até 1.300 metros de altitude, com 95 espécies, seguida da área de entorno com 90 espécies, a área de 1.300 a 1.800 metros, com 50 espécies, e área acima de 1.800 metros, com 10 espécies. A ordem mais representativa foi a Passeriformes com 73 espécies, seguido pela ordem Apodiformes com 12, Columbiformes com 9, Falconiiformes com 7, Piciformes com 6, Gruiformes e Cuculiformes com 4, Ciconiiformes com 3, Charadriiformes, Strigiformes e Trogoniformes com 2 e Anseriformes, Galliformes, Psitaciformes e Caprimulgiformes com 1.
    • Anfíbios: Presença de um total de 20 espécies de anfíbios anuros pertencentes a três famílias: Bufonidae, Hylidae e Leptodactylidae. A família Hylidae foi numericamente a mais representativa, com 13 espécies, seguida pelas famílias Leptodactylidae e Bufonidae, com 5 e 2 espécies, respectivamente.
    • Repteis: Presença de um total de 22 espécies de répteis pertencentes a 10 famílias. Sendo a família Colubridae numericamente mais representativa, com 08 espécies, seguida pelas famílias Anguidae, Teiidae, Polychrotidae e Viperidae, com 02 espécies cada; as outras famílias com 01 espécie cada.
    • Entomologia: Presença de um total de 3.140 exemplares de himenópteros parasitoides pertencentes a 28 famílias das 61 existentes no mundo.
      • Vespas parasitoides: Pertencem a 8 superfamílias com as seguintes abundâncias relativas: 28,02% para Platygasteroidea (2 famílias/880 indivíduos); 25,16% para Ichneumonoidea (2/790); 18,18% para Chalcidoidea (13/571); 10,32% para Proctotrupoidea (3/324); 9,36% para Cynipoidea (1/294); 3,73% para Evanioidea (1/117); 3,06% para Chrysidoidea (4/96); e 2,16% para Ceraphronoidea (2/64). As famílias Braconidae, Scelionidae e Platygastridae apresentaram a maior abundância relativa, com 520 indivíduos (16,56% do total), 456 (14,52%) e 424 (13,50%), respectivamente.
      • Insetos: Estima-se que a entomofauna total na área seja de pelo menos de 30.000 espécies de insetos.
      • Borboletas: Presença de quatro famílias, onze subfamílias e 31 espécies.

Problemas e ameaças

Como atividades conflitantes destacam-se principalmente a caça e a extração de recursos vegetais (palmito, orquídeas e bromélias). Existem informações de uma apreensão de, aproximadamente, 1.500 mudas de orquídeas extraídas do Pico. Contrariando proibição existente, ainda são realizados acampamentos no topo do Pico com utilização de fogueiras e desmatamento de pequenas áreas. Foi constatada também a presença de animais domésticos e rebanhos na área do Parque, bovinos na região de camping e entorno e caprinos no topo do Pico. Estes merecem especial atenção em virtude dos indícios de que estejam se alimentando da vegetação do Pico, além do risco de introdução de espécies exóticas através de sementes presentes nas fezes dos animais.

Fontes

URL: http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp?pagina=16704 URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual_do_Forno_Grande URL: http://www.castelo.es.gov.br/site/turismo/pontos_turisticos_forno_grande.asp