Mudanças entre as edições de "Parque Nacional Serra da Mocidade"

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Situa-se na área central de Roraima, nos municípios de Caracaraí (RR) e Barcelos (AM), no encontro de dois ecossistemas distintos, Cerrado e Floresta Amazônica. Ao Noroeste, faz divisa com a reserva dos povos indígenas Yanomami.  
  
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O acesso se dá pelo rio Capivara e pelo igarapé Bacaba, afluentes do rio Água Boa do Univini.
 
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No âmbito institucional, a Unidade ainda não está aberta à visitação.
 
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O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e de turismo ecológico.
 
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Além de garantir a evolução natural dos ecossistemas da UC, proteger espécies da flora raras, ameaçada de extinção; servir como banco biogenético para conservação "in-situ" de espécies da flora e fauna; promover atividades de pesquisa, monitoramento ambiental e de educação ambiental; proteger os recursos hídricos das nascentes da bacia do Rio Ajarani, Capivara, Igarapés Bacaha e recursos lacustres.
 
Além de garantir a evolução natural dos ecossistemas da UC, proteger espécies da flora raras, ameaçada de extinção; servir como banco biogenético para conservação "in-situ" de espécies da flora e fauna; promover atividades de pesquisa, monitoramento ambiental e de educação ambiental; proteger os recursos hídricos das nascentes da bacia do Rio Ajarani, Capivara, Igarapés Bacaha e recursos lacustres.
  
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O título de “Serra da Mocidade” deriva das dificuldades para subir as montanhas da região e que só poderia ser feito por jovens.  
 
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No passado, a área foi palco das chamadas "colocações" – áreas de extração privativas que atraíam centenas de pessoas para retirada da balata (Mimusops amazônica e M. bidentata) e da sorva (Couma guianensis), cujos látex, na época, valiam mais do que ouro.
 
No passado, a área foi palco das chamadas "colocações" – áreas de extração privativas que atraíam centenas de pessoas para retirada da balata (Mimusops amazônica e M. bidentata) e da sorva (Couma guianensis), cujos látex, na época, valiam mais do que ouro.
  
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É uma das regiões de maior diversidade biológica da Amazônia, por ser uma zona de transição entre dois biomas distintos. O Parque é formado por terrenos sazonalmente alagáveis, da bacia do Rio Branco, e trechos de terra firme sobre rochas Pré-Cambrianas.
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O clima da Serra é constantemente úmido com uma pequena estação de seca. As temperaturas e as chuvas sofrem um mínimo de variação anual, mantendo-se em nível elevado.
 
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A fauna é pouco conhecida, mas há diversas espécies de aves migrantes do Hemisfério Norte que, periodicamente, se deslocam à América do Sul.  
 
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Nas serra Cumaru e Mocidade, a vegetação adquire características de Floresta Ombrófila com orquídeas e bromélias.  
 
Nas serra Cumaru e Mocidade, a vegetação adquire características de Floresta Ombrófila com orquídeas e bromélias.  
  
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O Parna tem uma mega diversidade por estar localizado em áreas isoladas. Porém, a falta de infraestrutura física deixa de cumprir com o objetivo da UC e impede o desenvolvimento de pesquisa científica e o monitoramento da área.
 
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A situação fundiária foi parcialmente regularizada. Porém, as atividades ilegais na UC são difíceis para monitorar e a aplicação dos instrumentos legais é baixa na região.  
 
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http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/302/
 
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Edição das 19h23min de 9 de janeiro de 2014

Nome da Unidade: Parque Nacional Serra da Mocidade

Bioma: Amazônia

Área: 376.812 hectares

Diploma legal de criação: Decreto s/n° de 29 de abril de 1998.

Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

Contatos:

Tel: (95) 35321067 / 3623-3250
Endereço sede:
Av Bem querer, 2337
São Francisco, Caracaraí – Roraima (RR)
CEP: 69.360-000
Email: parnamocidade@gmail.com

Localização

Situa-se na área central de Roraima, nos municípios de Caracaraí (RR) e Barcelos (AM), no encontro de dois ecossistemas distintos, Cerrado e Floresta Amazônica. Ao Noroeste, faz divisa com a reserva dos povos indígenas Yanomami.

Como chegar

O acesso se dá pelo rio Capivara e pelo igarapé Bacaba, afluentes do rio Água Boa do Univini.

Ingressos

No âmbito institucional, a Unidade ainda não está aberta à visitação.

Onde ficar

--

Objetivos específicos da unidade

O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e de turismo ecológico.

A UC tem como objetivo específico proteger amostras dos ecossistemas de áreas alagadas e formações montanhosas, paliodunas do Catumami, assegurar a preservação da flora e fauna e demais recursos naturais. Além de garantir a evolução natural dos ecossistemas da UC, proteger espécies da flora raras, ameaçada de extinção; servir como banco biogenético para conservação "in-situ" de espécies da flora e fauna; promover atividades de pesquisa, monitoramento ambiental e de educação ambiental; proteger os recursos hídricos das nascentes da bacia do Rio Ajarani, Capivara, Igarapés Bacaha e recursos lacustres.

Histórico

O título de “Serra da Mocidade” deriva das dificuldades para subir as montanhas da região e que só poderia ser feito por jovens.

Em abril de 1998, o decreto presidencial criou o Parna no sudoeste de Roraima. O Parque foi criado por força de convenção internacional, da qual o Brasil é signatário, que prevê a destinação de 10% dos ecossistemas existentes para Unidades de Conservação.

Já nos aspectos históricos e culturais, a área da unidade foi doada ao IBAMA pelo Exército.

No passado, a área foi palco das chamadas "colocações" – áreas de extração privativas que atraíam centenas de pessoas para retirada da balata (Mimusops amazônica e M. bidentata) e da sorva (Couma guianensis), cujos látex, na época, valiam mais do que ouro.

Atrações

A UC ainda não está aberta à visitação.

O isolamento e a biodiversiade atraem a atenção de pesquisadores.

Aspectos naturais

É uma das regiões de maior diversidade biológica da Amazônia, por ser uma zona de transição entre dois biomas distintos. O Parque é formado por terrenos sazonalmente alagáveis, da bacia do Rio Branco, e trechos de terra firme sobre rochas Pré-Cambrianas.

Ao noroeste, a unidade faz interface com a reserva dos povos indígenas Yanomami.

Relevo e clima

A Unidade possui relevo baixo e inundável e, à época de sua criação, já não atraía colonizadores como antes, registrando-se apenas atividades extrativistas entre as décadas de 30 e 70 do século passado.

A porção setentrional do Parque é marcada por uma cadeia de montanhas resultante da erosão de um grande bloco continental – cráton guianense formado por rochas magmáticas e metamórficas datadas de 1,8 e 2,5 bilhões de anos.

É um maciço residual de grandes proporções com altitude média de 1.000 metros com picos de 1.800 metros.

A malha hídrica do Parna da Mocidade apresenta rios de águas claras límpidas e transparentes; além de águas pretas, ácidas devido à matéria orgânica em suspensão; e águas brancas, barrentas e carregadas de sedimentos. Essa heterogeneidade ambiental é marcada por uma forte sazonalidade que impede a navegação no interior do Parque no período de estiagem.

O clima da Serra é constantemente úmido com uma pequena estação de seca. As temperaturas e as chuvas sofrem um mínimo de variação anual, mantendo-se em nível elevado.

Fauna e flora

A fauna é pouco conhecida, mas há diversas espécies de aves migrantes do Hemisfério Norte que, periodicamente, se deslocam à América do Sul. Nas serra Cumaru e Mocidade, a vegetação adquire características de Floresta Ombrófila com orquídeas e bromélias.

Problemas e ameaças

O Parna tem uma mega diversidade por estar localizado em áreas isoladas. Porém, a falta de infraestrutura física deixa de cumprir com o objetivo da UC e impede o desenvolvimento de pesquisa científica e o monitoramento da área.

Hoje, o difícil acesso permite a integridade dos ecossistemas e guarda o imenso potencial para o turismo ecológico de observação. A situação fundiária foi parcialmente regularizada. Porém, as atividades ilegais na UC são difíceis para monitorar e a aplicação dos instrumentos legais é baixa na região.

Fontes

http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/302/

http://www.brasil.gov.br/localizacao/parques-nacionais-e-reservas-ambientais/parque-nacional-serra-da-mocidade-2013-rr

http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1973-parna-da-serra-da-mocidade.html

Decreto criação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/DNN/Anterior%20a%202000/1998/Dnn29-04-98-2.htm

http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/20-geral/824-parque-nacional-da-serra-da-mocidade-celebra-13-anos-de-existencia.html

http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/roraima/parque-nacional/serra-da-mocidade/

http://www.brasilturismo.com/parquesnacionais/parque-nacional-serradamocidade.php

http://uc.socioambiental.org/noticia/parque-nacional-da-serra-da-mocidade-celebra-13-anos-de-existencia

ECOPAISAGENS DO PARQUE NACIONAL “SERRA DA MOCIDADE”, 2005, INPA http://agroeco.inpa.gov.br/reinaldo/RIBarbosa_ProdCient_Usu_Visitantes/2005Relatorio_PARNA_Serra-da-Mocidade_IBAMA.pdf