Parque Natural Municipal Chico Mendes

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Situado em área de restinga, na planície arenosa da Baixada de Jacarepaguá, o Parque Natural Municipal Chico Mendes (RJ) foi criado com o objetivo de preservar a Lagoinha das Tachas e seu entorno, local de ocorrência de espécies de fauna e flora consideradas raras e ameaçadas de extinção.



Parque Natural Municipal Chico Mendes
Esfera Administrativa: Municipal
Estado: Rio de Janeiro
Município: Rio de Janeiro
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 40,64 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Municipal n° 8.452, de 8 de maio de 1989
Coordenação regional / Vinculação: Fundação RIOZOO e Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura do Rio de Janeiro
Contatos: Telefone: 2437-6400

Localização

O Parque Natural Municipal Chico Mendes está localizado na Avenida Jarbas de Carvalho, 679, no Pontal de Sernambetiba - Recreio dos Bandeirantes.

Como chegar

Ingressos

Entrada gratuita.

O Parque Chico Mendes está aberto de terça à domingo de 8 às 17hs. As visitas guiadas são de terça à sexta em dois horários (10h e 14hs).

Visita guiada:

Através de agendamento, o Parque oferece visitas guiadas, cursos, palestras e oficinas de desenho e pintura.

O Parque possui um roteiro básico de visitação que é apresentado a grupos diversos (estudantes ou não) onde conhecimentos sobre fauna e flora são expostos de maneira bastante simples e de fácil compreensão.

Durante a visita guiada, normas de visitação e de conservação do Parque são abordados para que os animais e as plantas sejam observados sem agressões e mostrando que a conservação do ambiente depende unicamente do comportamento do visitante.

Onde ficar

Existem inúmeras opções de hospedagem na cidade do Rio de Janeiro.

Objetivos específicos da unidade

Histórico

Situado em área de restinga, na planície arenosa da Baixada de Jacarepaguá, o Parque foi criado com o objetivo de preservar a Lagoinha das Tachas e seu entorno, local de ocorrência de espécies de fauna e flora consideradas raras e ameaçadas de extinção.

Em 1989 através do Decreto Municipal 8.452 foi criado o Parque Natural Municipal Chico Mendes nome dado em homenagem ao líder seringueiro do Acre que lutou pela preservação da Floresta Amazônica.

À partir de sua criação, o Parque Chico Mendes vem sendo beneficiado pela recuperação de sua flora com o plantio de mudas de árvores nativas da restinga e de Mata Atlântica.

Atrações

O visitante tem acesso a quase cinco quilômetros de trilhas, distribuídos em dez percursos, todos sinalizados e de nível fácil. Uma das trilhas é adaptada para portadores de deficiência física e visual.

No seu aniversário de 24 anos, comemorado em 2013, o Parque inaugurou a Bicho Fama, uma calçada da fama animal. Em uma paródia à famosa calçada de Hollywood, ela faz uma homenagem aos ilustres moradores do local, com as patinhas de bichos como pinguim, capivara, jacaré, coruja, sabiá, fragata, pica-pau, gambá e lagarto, entre outros.

O parque conta com espaços de exposição animal, nos quais os visitantes podem ver de perto jabutis, jiboias, cágados de água doce e jacarés. Estes animais procedentes de cativeiro estão no parque somente para que o visitante possa ver de perto as espécies, de modo a conhece-las melhor.

Aspectos naturais

A Restinga é um ecossistema bastante atraente para a fauna não só porque se caracteriza por uma grande diversidade de espécies vegetais, mas principalmente, porque produz flores e frutos o ano inteiro.

A Restinga é um ambiente característico de Mata Atlântica. A luz solar é um fator sempre presente fazendo com que a temperatura seja sempre elevada. Em resumo, as restingas são ambientes de muita luz, muita areia e pouca água.. Estas características facilitam a presença dos répteis mas dificulta a presença dos mamíferos. Já para as aves o ambiente é bastante propício. Sem falar nos insetos que encontram nas restingas um ambiente adequado para seu desenvolvimento principalmente com relação às borboletas e lavadeiras.

No sentido mais amplo o termo restinga é usado indicando o ecossistema logo após o oceano. Este ecossistema compreende quatro zonas distintas: zona litorânea, a mais próxima do mar onde desenvolve-se a Ipomoea (Feijão-da-Praia) . A zona de mitas, onde desenvolvem-se as Clúsias, Aroeiras, Guriri, etc... A zona da mata, onde encontram-se árvores de médio a grande porte e onde está a maior concentração de bromélias. A zona de brejos (lagoas) onde desenvolvem-se as plantas aquáticas como as Taboas.

A palavra restinga vem do Tupi-Guarani que significa “Areia-branca”. Com todos estes fatores as plantas, principalmente, sofreram adaptações para ser possível viver neste ambiente como é o caso típico dos cactos.

A sobrevivência do Jacaré-de-papo-amarelo vem sendo constantemente ameaçada devido à contínua destruição dos habitats de ocorrência da espécie que são as várzeas dos rios, lagoas, mangues e restingas brejosas. A caça também contribuiu ao longo dos anos para o declínio da espécie.

A planície ou baixada de Jacarepaguá é atualmente um local onde ainda sobrevive o Jacaré. A Lagoinha das Tachas é formada por água doce e é um dos locais onde o jacare-de-papo-amarelo encontra proteção. Esta lagoa tem 120 mil metros quadrados o equivalente a 11 campos de futebol. Neste ambiente ele encontra vegetação paludícola onde pode ser abrigar e nas margens da lagoa construir seu ninho. Este último feito de folhas, gravetos e materiais vegetais disponíveis na beira da lagoa é construído somente pela fêmea.

Os ovos do Jacaré-de-papo-amarelo costumam ser colocados em duas camadas, para favorecer diferenças de temperatura e promover a variação entre machos e fêmeas. O período de incubação é de 70-80 dias ( postura de 17 a 50 ovos) e as fêmeas ajudam os filhotes no nascimento e carrega-os para a água onde ficam pacientemente tomando conta.

Alimenta-se de peixes, aves aquáticas e pequenos mamíferos. Seu alimento principal são certos moluscos gastrópodes disseminadores de algumas moléstias nas populações ribeirinhas.

O Jacaré-de-papo-amarelo tem vida quase que exclusivamente aquática. Sai para caçar principalmente à noite e, durante parte do dia, forma grupos para tomar sol. Ele vive aproximadamente 50 anos e mede em média 1,5 a 2,5 metros.

Relevo e clima

Fauna e flora

O Parque permite a sobrevivência do Jacaré-de-papo-amarelo um dos principais moradores do local.

O parque conta com a forte presença da Clúsia ou Cebola-da-Praia e árvores como a Aroeira e a Pintanga. Estas duas últimas espécies, importante alimento para Sanhaços, Tiês e Saíras.

A Figueira-vermelha espécie de Mata Atlântica, é encontrada no Parque Chico Mendes e serve de alimento para Preguiças, Morcegos e várias aves. A figueira-vernelha é uma árvore frondosa e utiliza raízes adaptadas que se fixam no solo arenoso.

Além do jacaré, o Parque é um local rico em lagartos tais como o Teiú, o Ameiva e o Calango. Estes animais são fáceis de serem observados pois deixam marcas na areia quando estão se deslocando de um lado para outro. Dentre os mamíferos podemos observar além da Preguiça, o Gambá e a Capivara. As restinga de um modo em geral são pobres em mamíferos mas alguns deles deixam marcas no solo (pegadas, rastros e fezes).

O Parque Chico Mendes é rico em avifauna possuindo cerca de 120 espécies já observadas. Galinhas d’água, Frango d’água, Jaçanã ou Cafezinho, Sabiás, Tiê-Sangue, Rolinha-da-Restinga e uma outra infinidade de passarinhos podem ser vistos e/ou ouvidos em uma visita ao Parque.

No Parque Chico Mendes já foram descritas cerca de 100 espécies de borboletas que são consideradas bio-indicadoras de um meio ambiente saudável. A Borboleta-da-praia, por exemplo, pode ser observada atualmente com bastante frequência no Parque Chico Mendes. Ela tem hábito solitário e põe somente um ovo que leva aproximadamente 3 dias para eclodir. As lagartas alimentam-se das folhas da “Jarrinha” e os adultos de néctar das flores e de frutas.

Problemas e ameaças

Fontes

http://www.rio.rj.gov.br/web/riozoo/parque-chico-mendes

http://vejario.abril.com.br/cidades/dez-motivos-conhecer-parque-ecologico-chico-mendes/