Parque Estadual de Vassununga

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O Parque Estadual Vassununga foi criado em 26 de Outubro de 1970 para preservar importantes remanescentes dos Biomas Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual) e Cerrado e seus respectivos ambientes ripários e abriga a maior concentração de Jequitibás-rosa (Cariniana legalis) ainda existente no Estado de São Paulo. Este Parque é considerado a Unidade de Conservação que melhor reflete a situação de cobertura florestal do interior de São Paulo, não apenas pela representatividade da região mas, em especial, por seu território, de 2.071,42 hectares, constituídos de fragmentos separados entre si. Por um lado, isso caracteriza um desafio para a conservação mas, por outro, apresenta uma grande oportunidade de estudo sobre manejo de áreas naturais fragmentadas, possibilitando o desenvolvimento de conhecimento inéditos. Os seis fragmentos do PEV são, assim, denominados: Glebas Capetinga-Leste, Capetinga-Oeste, Praxedes, Maravilha, Capão-da-Várzea e Pé-de-Gigante.


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Parque Estadual de Vassununga
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Sao Paulo
Município: Santa Rita do Passa Quatro
Categoria: Parque
Bioma: Cerrado, Mata Atlântica"Cerrado, Mata Atlântica" não está na lista (Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa, Pantanal, Manguezal, Marinho, Marinho Costeiro, Campos Rupestres) dos valores permitidos para a propriedade "Biome".
Área: 2.071,42 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Federal nº 52.546 de 26 de Outubro de 1970 e Decreto Federal nº 52.720 de 12 de Março de 1971.
Coordenação regional / Vinculação: Fundação para Conservação e Produção Florestal do Estado de São Paulo
Contatos: Gestor: Fabrício Pinheiro da Cunha

Telefone: (19) 97163-7206 E-mail: pe.vassununga@fflorestal.sp.gov.br Site: https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/pe-vassununga/

Localização

Administração e Centro-de-Visitantes:

Rodovia Anhanguera (SP-330), km 245, sentido norte

Como chegar

O Parque Estadual Vassununga (PEV) está localizado na Rodovia Anhanguera (SP-330), no município de Santa Rita do Passa Quatro, região nordeste do Estado de São Paulo, a 245km da cidade de São Paulo e 65km de Ribeirão Preto.

Ingressos

Entrada gratuita

Horário: de segunda à domingo, das 08:00 às 17:00, com entrada até às 16:00.

Onde ficar

Santa Rita do Passa Quatro

Objetivos específicos da unidade

A preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

Histórico

No passado, a ocupação agrária da região de Santa Rita do Passa Quatro se deu inicialmente pela pecuária e agricultura de subsistência e, posteriormente, a partir de 1850, pela cultura e café. Era prática comum dos antigos proprietários rurais a manutenção de reservas de florestas que eram deixadas por vários motivos, dentre eles: conservação do solo para futura expansão dos cafezais; litígios jurídicos sobre títulos de propriedade, áreas de maior declividade (furnas, nascentes e mananciais) para viveiros naturais para mudas de café, retirada de madeira para construções, prática da caça e proteção ambiental. As áreas naturais preservadas no Parque Estadual Vassununga (PEV) sobreviveram a estas práticas, que pertenciam a antiga Usina Açucareira Vassununga.

Atrações

Centro-de-Visitantes

Possui uma sala de exposições e um auditório com capacidade para 45 pessoas. A sala de exposições contém imagens e painéis sobre a biodiversidade, pesquisas e atividades realizadas no PEV, além de exemplares da fauna e da flora e outros temas ambientais relevantes à conservação. Nesse ponto o visitante também pode apreciar o Arboreto (bosque interpretativo de diferentes espécies da Mata Atlântica do Interior, em contínuo crescimento, desenvolvido por programas educativos do Parque) e ainda a Trilha-do-Trilho-do-Trem, com 270m de extensão (540 ida e volta pelo mesmo percurso), trecho de floresta onde passava um antigo ramal da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, denominado Vassununga, que ligava a antiga Usina Vassununga a Porto Ferreira, passando pela estação central de Santa Rita do Passa Quatro. A trilha leva o visitante às margens do Rio Bebedouro, importante afluente do Rio Mogi-Guaçu. O CV possui infraestrutura para lanche de famílias e grupos.

Trilha-dos-Jequitibás ATUALMENTE FECHADA

Bioma Mata Atlântica. A trilha possui árvores sinalizadas e placas informativas, estrutura de bancos e lixeiras. Ao percorrer a trilha é possível observar exemplares de Jequitibás-rosa (Cariniana legalis), árvores emergentes de dossel da Mata Atlântica, tendo como principal atrativo o Jequitibá-rosa denominado "Patriarca", com cerca de 42m de altura, 4m de diâmetro e quase 600 anos. A trilha ainda possui um recanto de grande beleza cênica, o “Bosque-dos-Jequitibás”, situado às margens de Córrego-da-Gruta onde se vê uma queda d’água de uma antiga barragem construída no séc. XIX para lavagem de café. Também nesse ponto temos a Trilha-do-Pedregulho, que fica ao lado da Trilha-dos-Jequitibás e tem um percurso de 3km (6km ida e volta pelo mesmo percurso) onde o visitante terá chance de observar a beleza da Mata Atlântica e diversas aves e outros animais. A trilha do Pedregulho não possui infraestrutura.

Trilha-do-Mirante ATUALMENTE FECHADA

Bioma Cerrado. Local propício para observação e estudo das diferentes fisionomias de Cerrado e riqueza da biodiversidade, onde ao final temos o Mirante, ponto elevado no platô de uma grande escarpa, com vista de quase toda área. Esse ponto localiza-se após o pedágio sentido indo pra Ribeirão Preto, e a locomoção e custo do pedágio é por conta dos visitantes.

Aspectos naturais

A vegetação é bastante diversificada entre as categorias existentes da Floresta Estacional Semidecídua e nas áreas existente com Cerrado. A grande heterogeneidade de ambientes gera uma grande diversidade não só de espécies mas também em ecossistemas.

Relevo e clima

Relevo

A região do PEV está inserida na zona de contato entre a Cuesta Basáltica, com altitudes de 700 a 780 m, e a Depressão Periférica (Zona Mogi Guaçu), que apresenta altitudes de 540 a 650 m. Nessa área, são observados relevos do tipo: rampas, colinas amplas, médias e pequenas, escarpas, morrotes residuais e planícies fluviais.

Clima

O clima da região caracteriza-se como clima quente de inverno seco com temperaturas aproximadas de 18°C no inverno e superiores a 22°C no verão. No mês mais seco (agosto), o total da precipitação é de 18,6mm, e a precipitação anual varia de 1.300 a 1.700mm. A temperatura média anual na região é de 23,3°C , sendo a média das temperaturas máximas (dezembro a fevereiro) aproximadamente 26°C e das mínimas 19,47°C (junho a agosto). A temperatura máxima absoluta alcança 26,2°Ce a mínima absoluta, 18,7°C.

Fauna e flora

O PEV se destaca pela variedade e exuberância da flora, com algumas espécies ameaçadas de extinção como o Jequitibá-rosa (Cariniana legalis), o cedro-do-brejo (Cedrela odorata), o palmito-juçara (Euterpe edulis) e o ipê-felpudo (Zeyheria tuberculosa). Com relação à biodiversidade da fauna são encontrados mamíferos como onça-parda (Puma concolor), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e aves como o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) e o urubu-rei (Sarcoramphus papa).

Problemas e ameaças

Presença de javalis nas trilhas.

Fontes

Plano de Manejo

Atualmente todas as trilhas estão fechadas por tempo indeterminado, estando aberto apenas o Centro-de-Visitantes.

Para mais informações acesse: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/2018/05/trilhas-do-pe-de-vassununga-seguem-fechadas-apos-presenca-de-javaporcos/