Reserva Biológica da Serra de Santa Rita Mitzi Brandao

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Reserva Biológica da Serra de Santa Rita Mitzi Brandao
Esfera Administrativa: Municipal
Estado: Minas Gerais
Município: Santa Rita do Sapucaí
Categoria: Reserva Biológica
Bioma: Mata Atlântica
Área: 315 ha
Diploma legal de criação: Lei Municipal Nº 1.096 de 15/10/1980
Coordenação regional / Vinculação: Divisão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí - MG
Contatos: Sede da Reserva:

Telefone: (35) 34731313

Endereço: Rua Cel. Joaquim Neto 333, Centro, Santa Rita do Sapucaí CEP: 37.540-000

Email: meio_ambiente@pmsrs.mg.gov.br

Localização

A REBIO da Serra de Santa Rita Mitzi Brandão está localizada em Minas Gerais, no município de Santa Rita do Sapucaí.

Coordenadas Geográficas: S 22º 11’ 44” e O 45º 44’ 32”

Como chegar

A partir de Belo Horizonte, seguir pela BR-262/BR-381, sentido Betim. Depois siga pela BR-381 até a BR-459 em Pouso Alegre. Pegue a saída 850B via BR-381. Continue pela BR-459 até Santa Rita do Sapucaí.

Ingressos

A entrada é gratuita e atualmente é realizada com grupos de escolas e interessados através de autorização prévia e agendamento com a Gerência da Reserva. Visitação com objetivos de educação ambiental e pesquisa.

Período de visitação: Segunda a Sexta, 08:00 as 17:00 h.

Onde ficar

O Unidade de Conservação não possui alojamento ou qualquer outro tipo de estadia, sendo que o local mais próximo para hospedagem é no município de Santa Rita do Sapucaí.

Objetivos específicos da unidade

  • Preservação e proteção integral e permanente dos ecossistemas e recursos naturais da área, bem como sua beleza cênica, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, executando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.
  • Preservação e reserva genética de flora e da fauna, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
  • Proteção e preservação dos recursos hídricos e mananciais da área, que abastecem o município de Santa Rita do Sapucaí.

Histórico

A Reserva Biológica de Serra de Santa Rita Mítzi Brandão é uma Unidade de Conservação de extrema importância para o município como área de produção de água e proteção de mananciais. Esta área, de propriedade da Prefeitura Municipal de Santa Rita do Sapucaí, foi adquirida pelos Prefeitos Cel. Francisco Moreira da Costa, José Mendes Vilela e Frederico de Paula Cunha, nos anos de 1928, 1944 e 1955, para utilização no abastecimento de água de Santa Rita do Sapucaí. Estes mananciais abastecem a cidade por aproximadamente 80 anos e deve continuar oferecendo água de qualidade por centenas de anos se for mantida sua preservação para as próximas gerações.

Para contemplar ainda mais sua preservação, em 1984 uma nova Legislação Municipal – Lei Nº 1.227/84 introduziu na Reserva Biológica Municipal as Serras da Manuela, Rochedo, Velha e Patuá declarando de Utilidade Pública toda a região onde nascem as águas que alimentam o Ribeirão do Vintém. Este curso d’água, afluente do Rio Sapucaí, é de grande relevância para o abastecimento do Vale do Vintém e do Município de Santa Rita do Sapucaí.

Com a promulgação da Lei Federal Nº 9.985 de 18 de junho de 2000 que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC a Reserva Biológica da Serra de Santa Rita Mítzi Brandão e o Parque Ecológico Dr. Cyro de Luna Dias se classificam como Unidades de Conservação de Proteção Integral. O levantamento sistemático da fauna e da flora, realizados pelos profissionais Mitzi Brandão e Mauro Grossi Araújo da Instituição Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais entre 1993 e 1998, permitiram a elaboração de um banco de dados a serem utilizados em projetos de reabilitação da região, destacando-se a recomposição da mata ciliar do Rio Sapucaí, recuperação de áreas degradadas e recomposição vegetal de nascentes e áreas de topo.

Alguns projetos já foram implantados para gestão da reserva, como o Convênio firmado em abril de 1993 entre o Ibama – através do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - Prefeitura Municipal de Santa Rita do Sapucaí e a Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí, que objetivava um trabalho de intercâmbio técnico científico para implantação de jardim botânico, produção de mudas para reflorestamento, identificação de sementes, construção de instalações, contratação de recursos humanos, organização de biblioteca, desenvolvimento de estudos de campo e a publicação de artigos científicos.

O projeto, coordenado pelas pesquisadoras da FUVS - hoje Universidade Vale do Sapucaí - Marta Rocco Cunha e Maria Luiza de Luna Dias, chegou a ser implantado em grande parte, porém com a constante substituição de prefeitos e dirigentes, o convênio não foi renovado, e este notável trabalho teve seu fim antecipado. Atualmente, a reserva ainda encontra-se praticamente nas mesmas características de conservação de sua fauna e flora, apresentando pequenas intervenções no seu interior e área de entorno. A Prefeitura mantém na área do Parque Municipal a produção de mudas silvestres e ornamentais plantadas pelo “funcionário “ beco”, que são distribuídas aos interessados, produtores rurais e utilizadas também para ornamentação de praças e recuperação de áreas degradadas.

Atrações

Reserva em estruturação física e de recursos humanos. Fase de implementação e sinalização de trilhas.

Aspectos naturais

A Reserva Biológica de Santa Rita constitui uma importante região de recarga hídrica, apresentando 7 nascentes principais em sua vertente, que alimentam afluentes da margem direita do Ribeirão do Vintém, afluente do Rio Sapucaí. Além disso, a região encontra-se no domínio de remanescentes de Mata Atlântica do sul do estado de Minas Gerais, sendo muito importante a sua preservação.

Relevo e clima

O relevo da região está inserido no domínio do planalto dissecado do sul de minas, caracterizado por um planalto fragmentado decorrente dos movimentos de ascensão e subsidência de blocos, comuns na região da Mantiqueira. Ocorrem cristas com até 1600 m orientadas segundo a direção dos lineamentos das rochas gnáissicas, conformando com um cenário “apalacheano“. Entre as cristas, predominam colinas de topos arredondados vertentes côncavo-convexas e extensas planícies aluvionares abertas, preenchidas por sedimentos originados do intemperismo das rochas circundantes, constituindo uma superfície com altitudes predominantes entre 1000 a 1100 m.

O clima da região define duas estações, uma chuvosa (verão) e outra seca (inverno), com curto período de estiagem (de junho a setembro) acompanhado de uma significativa redução térmica. A precipitação média anual fica em torno de 1500 mm, e as médias de temperatura oscilam em torno de 18º C. No período do inverno, ocorrem mínimas absolutas próximas de Oº C, e no verão máximas absolutas de 32º C.

Fauna e flora

A região da Reserva Biológica de Santa Rita encontra-se no domínio da Mata Atlântica, sendo Remanescente da Floresta Tropical Latifoliada Baixo Montana, pelo mapa de vegetação do Brasil, insere-se na área de tensão ecológica do Sul de Minas (domínio da Mata Atlântica), sendo classificada como uma transição entre a Floresta Estacional Semidecidual e a Floresta Ombrófila Mista. A primeira relaciona-se ao clima de duas estações, com curto período seco e baixas temperaturas. Com efeito, ocorre a estacionalidade foliar dos elementos arbóreos dominantes, que estão adaptados à estação desfavorável (estação fria ou seca). A percentagem de árvores caducifólias no conjunto florestal situa-se entre 20 a 50%. Revestindo as encostas inferiores das Serras do Mar e Mantiqueira, tem como gêneros neotropicais dominantes a Tabebuia, Swietenia, Paratecoma e Cariniana, entre outros, em mistura com os gêneros paleotropicais como a Terminalia e a Erythrina e com os gêneros australásicos como a Cedrela e a Sterculia. A Floresta Ombrófila Mista é exclusiva do planalto meridional brasileiro, com disjunções em áreas elevadas das Serras do Mar e Mantiqueira. Ocorrem sob um clima ombrófilo, com temperatura média de 18° C, mas com alguns meses bastante frios, ou seja, arbóreas refletem situações específicas das duas floras que aí se encontram: a tropical afro-brasileira e a temperada austro-brasileira. Seus dominantes apresentam tendência ao gregarismo, como as coníferas da espécie Araucaria angustifolia (pinheiro do Paraná) e a Ocotea porosa (imbuía), da família Lauraceae.

O levantamento da fauna encontra-se em andamento através de observação, entrevistas e registro fotográfico (Câmera Trap).

Problemas e ameaças

  • Degradação e desmatamento;
  • Criação de animais;
  • Cultivo de espécies introduzidas pelo homem;
  • Poluição hídrica
  • Atividades de motocross e pistas de asa delta;
  • Caça de animais;

Fontes